As práticas da Quaresma

As práticas da Quaresma:

A oração

Neste tempo os cristãos se dedicam mais à oração. Uma boa prática é rezar diariamente um salmo ou, para os mais generosos, rezar todo o saltério no decorrer dos quarenta dias. Pode-se, também, rezar a Via Sacra às sextas-feiras! Ainda é possível, além do terço costumeiro, rezar-se mais um terço, com os mistérios dolorosos.

 

A penitência

Todos os dias quaresmais (exceto os domingos!) são dias de penitência na alimentação. Aliás, esta é a prática que melhor caracteriza a Quaresma! Sem renúncia ao alimento, não há observância quaresmal.

Cada um deve escolher uma pequena prática penitencial para este tempo. Por exemplo: renunciar a um lanche diariamente, ou a uma sobremesa, etc…

Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa os cristãos jejuam: o jejum nos faz recordar que somos frágeis e que a vida que temos é um dom de Deus, que deve ser vivida em união com ele; também nos ensina a domar nossos instintos. Os mais generosos podem jejuar todas as sextas-feiras da Quaresma. Farão muitíssimo bem!

Recordemo-nos que às sextas-feiras os católicos não devem comer carne; e isto vale para o ano todo!

O jejum consiste numa só refeição completa; as outras duas não devem, juntas, chegar a uma refeição.

A abstinência de carne consiste em não comer carne de animais de sangue quente: mamíferos ou aves, de modo geral.

 

A esmola

Trata-se da caridade fraterna. Este tempo santo deve abrir nosso coração para os irmãos: esmola, capacidade de ajudar, visitar os doentes, aprender a escutar os outros, reconciliar-se com alguém de quem estamos afastados – eis algumas das coisas que se pode fazer neste sentido!

 

A leitura da Palavra de Deus

Este é um tempo de escuta mais atenta da Palavra santa: o homem não vive somente de pão, mas de toda Palavra saída da boca de Deus. Seria muitíssimo recomendável ler durante este tempo o Livro do Êxodo ou os Números, ou o Deuteronômio, ou o Profeta Jeremias ou Oséias ou, ainda, a Epístola aos Romanos.

 

A conversão

“Eis o tempo da conversão!”, diz-nos São Paulo. Que cada um veja um vício, um ponto fraco, que o afasta de Cristo, e procure lutar, combatê-lo nesta Quaresma! É o que a Tradição ascética de Igreja chama de “combate espiritual” e “luta contra os demônios”. Nossos demônios são nossos vícios, nossas más tendências, que precisam ser combatidas.

Os antigos davam o nome de sete demônios principais: a soberba, a avareza, a tristeza (hoje diz-se a inveja), a preguiça, a ira, a gula, a sensualidade. Estes demônios geram outros.

Na Quaresma, é necessário identificar aqueles que são mais fortes em nós e combatê-los!