Primeira Leitura (Hb 12,1-4)

Primeira Leitura (Hb 12,1-4)

Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos, 1rodeados como estamos por tamanha multidão de testemunhas, deixemos de lado o que nos pesa e o pecado que nos envolve.

Empenhemo-nos com perseverança no combate que nos é proposto, 2com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com a infâmia, e assentou-se à direita do trono de Deus.

3Pensai pois naquele que enfrentou uma tal oposição por parte dos pecadores, para que não vos deixeis abater pelo desânimo. 4Vós ainda não resististes até o sangue na vossa luta contra o pecado.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 21(22),26b-27.28e 30.31-32 (R. cf. 27b)

Responsório Sl 21(22),26b-27.28e 30.31-32 (R. cf. 27b)

— Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.

— Todos aqueles que vos buscam, hão de louvar-vos, ó Senhor.

— Sois meu louvor em meio à grande assembleia; cumpro meus votos ante aqueles que vos temem! Vossos pobres vão comer e saciar-se, e os que procuram o Senhor o louvarão. “Seus corações tenham a vida para sempre!”

— Lembrem-se disso os confins de toda a terra, para que voltem ao Senhor e se convertam, e se prostrem, adorando, diante dele todos os povos e as famílias das nações. Somente a ele adorarão os poderosos, e os que voltam para o pó o louvarão.

— Para ele há de viver a minha alma, toda a minha descendência há de servi-lo; às futuras gerações anunciará o poder e a justiça do Senhor; ao povo novo que há de vir, ela dirá: “Eis a obra que o Senhor realizou!”

Evangelho (Mc 5,21-43)

Evangelho (Mc 5,21-43)

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo as nossas fraquezas. (Mt 8,17)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”

24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.

27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”

32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.

35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.

39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Confie no cuidado constante de Deus

“Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, e pediu com insistência: ‘Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!’ Jesus então o acompanhou” (Marcos 5,22-24).

Vejam, meus irmãos e minhas irmãs, existem muitas formas de chegarmos até Jesus; pode ser até mesmo a curiosidade — “Vou lá ver como que é” —, pode ser através de um amigo, de um familiar ou até mesmo por meio de uma experiência de amor. Em um encontro de oração que nós fazemos, podemos experimentar a proximidade e  chegar até Jesus.

Vale lembrar que essa aproximação pode ser também através da experiência dura do sofrimento. Quantas pessoas reencontram Deus, quantas pessoas reencontram o caminho do Senhor, após uma experiência de sofrimento e de dor. São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, ali, no meio daquela dor, daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus, experimentam uma mão poderosa protegendo, as defendendo e se voltam para Deus.

Os caminhos do Senhor e a forma de Deus chegar ao coração humano são infinitas, não podemos conhecê-las. No caso de hoje, é um pai que pede pela filha doente. Inúmeras vezes, presenciei isso! Quantos pais e quantas mães vieram pedir pelos seus filhos. A caminho da gravação da Homilia, encontrei uma mãe que pedia pela filha em depressão, presa já há dias dentro de um quarto, fechada dentro de um quarto sofrendo.

São inúmeras pessoas que passam por um momento de tribulação e, no meio daquele abandono, experimentam o cuidado de Deus

Esse pai viu o sofrimento da sua filha; pais e mães desesperados que vão procurar alívio para o sofrimento de um filho ou de uma filha. Isso é real, isso acontece! Ele era Jairo, um chefe da sinagoga. Olha que interessante, as contradições da vida, os sofrimentos não poupam os homens e as mulheres de Deus. Jairo era um homem de Deus, poderíamos dizer com os termos de hoje, que era um homem de igreja, era uma pessoa que acreditava e que vivia a sua fé.

A nossa vida com Deus não nos blinda de passar por situações de enfermidade, por enfrentar algum problema na nossa família, a enfermidade do nosso parente. Isso vale muito para nós, porque podemos nesses momentos nos perguntar — “Mas eu que rezo tanto, que sou de Deus, que busco tanto a Deus, como que isso foi acontecer comigo?”. É um mistério!

A resposta de Jesus não é apenas fazer o milagre, curar aquela menina, mas Jesus vai encontrar aquela menina, porque ela precisava ver Jesus.

Para qualquer enfermidade, Jesus é o remédio que não pode não ser buscado; Jesus precisa ser buscado e Ele não pode ser a última opção — quando tudo já não tem jeito, quando já fui aos médicos, quando já fiz o que podia, agora eu vou para Jesus. Não! Jesus precisa ser a primeira opção. Porque, em Jesus, mesmo que a cura não venha, nós encontraremos força para enfrentar aquela situação.

O pai precisava estar com Jesus, o pai precisava experimentar o cuidado de Jesus, a atenção de Jesus, saber que tinha Jesus com ele. Quando Jesus chega àquela casa, fica a sós com a família, porque eles também precisavam estar com Jesus.

Então, mais importante do que tocar no milagre e na cura, era experimentar a presença de Jesus. Peça a Ele que entre hoje na sua vida e na sua história. E que, naquilo que você está vivendo, Ele esteja com vocês, segurando a mão de vocês, enfrentando essa situação, vivendo a dor e o sofrimento que vocês estão passando, mas sintam a presença e o consolo de Jesus.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Ferreira

Sacerdote da Comunidade Canção Nov

São João Bosco, fundador da Sociedade Salesiana

Presbítero

Origens

Nasceu perto de Turim, na Itália, em 16 de agosto de 1815. Muito cedo, conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu seu pai tendo apenas dois anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.

Vida Sacerdotal

Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve de sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Entrou para o seminário em 1835, e, em junho de 1841, aos 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal.

Ousado e cheio do Divino Espírito Santo

Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, que se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver e necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido a sua ousadia e docilidade ao Divino Espírito Santo.

São João Bosco: Dedicou-se aos jovens

Devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora

Dom Bosco, criador dos oratórios, e por meio deles as catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu, e por isso enraizado com o sofrimento humano, especialmente dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração.

Juventude

Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Em 1859, tendo o auxílio de Papa Pio IX, fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.

São João Bosco e a Canção Nova

Canção Nova

Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, ele é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

Páscoa

Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu, mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.

Via de Santificação

Foi beatificado por Pio XI em 2 de junho de 1929 e canonizado pelo mesmo em 1 de abril de 1934. Por ocasião do centenário de sua morte, São João Paulo II o declarou “pai e mestre da juventude”.

Oração a São João Bosco:

Oh, Dom Bosco Santo, que com tão grande amor e zelo cultivastes as múltiplas formas de ação católica que hoje florescem na Igreja, concedei a suas associações o maior progresso e desenvolvimento. Redobrai, em todos os corações, a devoção à Santíssima Eucaristia e a Maria Auxiliadora dos cristãos.

Acrescentai neles o amor ao Papa, o zelo pela propagação da fé, um solícito esmero pela educação da juventude e grandes entusiasmos para suscitar novas vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Fazei que, em cada uma das nações, fomente-se e inicie a guerra contra a blasfêmia, o mal falar e a imprensa ímpia; fazendo surgir em todas as partes novos cooperadores para as diversas formas de apostolado recomendadas pelo Vigário de Cristo.

Infundi em todos os corações católicos a chama de vosso zelo, para que, vivendo em caridade difusiva, possam, ao fim de suas vidas, recolher o fruto das muitas obras boas praticadas durante ela.

Rezar um Pai-Nosso, Deus te salve e Glória.

Minha oração

“ Pai e mestre da juventude, foste um modelo e espelho do Bom Pastor, sinal do amor paterno de Deus para conosco. Cuidai e preenchei o coração dos órfãos, das carências familiares afetivas e efetivas, seja nosso pai e protetor. Rogai para que outros também o imitem na mesma paternidade e bondade. Amém.”

São João Bosco, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 31 de janeiro

Em Corinto, na Acaia, na atual Grécia, os santos mártires Vitorino, Vítor, Nicéforo, Cláudio, Diodoro, Serapião e Papias.(† c. 250)

Comemoração de São Metrano, mártir de Alexandria, no Egito. († c. 249)

Em Alexandria, os santos mártires Ciro e João, que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos, foram decapitados. († s. IV)

Em Módena, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, São Geminiano, bispo. († s. IV)

Na Pérsia, em território do atual Iraque, a paixão de Santo Abraão, bispo de Arbela.(† 345)

Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Júlio, presbítero. († s. IV in.)

Em Roma, a comemoração de Santa Marcela, viúva. († 410)

Em Ferns, na Irlanda, São Maidoc ou Aidano, bispo. († c. 626)

No território de Coutances, na Nêustria, atualmente na França, São Valdo, bispo de Évreux. († s. VII)

Em Viktorsberg, perto de Rankweil, na Baviera meridional, hoje na Áustria, Santo Eusébio. († 884)

Em Roma, a Beata Luísa Albertóni, que, tendo educado os filhos na vida cristã, depois da morte do esposo entrou na Ordem Terceira de São Francisco. († 1533)

Em Nápoles, Itália, São Francisco Xavier Maria Biánchi, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes de São Paulo. († 1815)

Na Coreia, os santos mártires Agostinho Pak Chong-won, catequista, e cinco companheiros.  († 1840)

Na Venezuela, a Beata Candelária de São José, virgem, que, fundou a Congregação das Religiosas Carmelitas da Terceira Ordem Regular, hoje Religiosas Carmelitas da Madre Candelária. († 1940)

Fonte:

Martirológio Romano

Salesianos.pt

– Produção e edição:  Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canç

Primeira Leitura (Hb 11,32-40)

Primeira Leitura (Hb 11,32-40)

Leitura da Carta aos Hebreus.

Irmãos, 32que mais devo dizer? Não teria tempo de falar mais sobre Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas. 33Estes, pela fé, conquistaram reinos, praticaram a justiça, foram contemplados com promessas, amordaçaram a boca dos leões, 34extinguiram o poder do fogo, escaparam do fio da espada, recobraram saúde na doença, mostraram-se valentes na guerra, repeliram os exércitos estrangeiros. 35Mulheres reencontraram os seus mortos pela ressurreição. Outros foram esquartejados, ou recusaram o resgate, para chegar a uma ressurreição melhor. 36Outros ainda sofreram a provação dos escárnios, experimentaram o açoite, as correntes, as prisões. 37Foram apedrejados, foram serrados, ou morreram a golpes de espada. Levaram vida errante, vestidos com pele de carneiro ou pelos de cabra; oprimidos e atribulados, sofreram privações. 38Eles, de quem o mundo não era digno, erravam pelos desertos e pelas montanhas, pelas grutas e cavernas da terra. 39E, no entanto, todos eles, se bem que pela fé tenham recebido um bom testemunho, apesar disso não obtiveram a realização da promessa. 40Pois Deus estava prevendo, para nós, algo melhor. Por isso não convinha que eles chegassem à plena realização sem nós.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 30(31),20.21.22.23.24 (R. 25)

Responsório Sl 30(31),20.21.22.23.24 (R. 25)

— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

— Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.

— Seja bendito o Senhor Deus, que me mostrou seu grande amor numa cidade protegida! Eu que dizia quando estava perturbado: “Fui expulso da presença do Senhor!” Vejo agora que ouvistes minha súplica, quando a vós eu elevei o meu clamor.

— Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

Evangelho (Mc 5,1-20)

Evangelho (Mc 5,1-20)

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo, aleluia. (Lc 7,16)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus e seus discípulos chegaram à outra margem do mar, na região dos gerasenos. 2Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. 3Esse homem morava no meio dos túmulos e ninguém conseguia amarrá-lo, nem mesmo com correntes. 4Muitas vezes tinha sido amarrado com algemas e correntes, mas ele arrebentava as correntes e quebrava as algemas. E ninguém era capaz de dominá-lo. 5Dia e noite ele vagava entre os túmulos e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele 7e gritou bem alto: “Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!” 8Com efeito, Jesus lhe dizia: “Espírito impuro, sai desse homem!” 9Então Jesus perguntou: “Qual é o teu nome?” O homem respondeu: “Meu nome é ‘Legião’, porque somos muitos”. 10E pedia com insistência para que Jesus não o expulsasse da região. 11Havia aí perto uma grande manada de porcos, pastando na montanha. 12O espírito impuro suplicou, então: “Manda-nos para os porcos, para que entremos neles”. 13Jesus permitiu. Os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. E toda a manada — mais ou menos uns dois mil porcos — atirou-se monte abaixo para dentro do mar, onde se afogou. 14Os homens que guardavam os porcos saíram correndo e espalharam a notícia na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que havia acontecido. 15Elas foram até Jesus e viram o endemoninhado sentado, vestido e no seu perfeito juízo, aquele mesmo que antes estava possuído por Legião. E ficaram com medo. 16Os que tinham presenciado o fato explicaram-lhes o que havia acontecido com o endemoninhado e com os porcos. 17Então começaram a pedir que Jesus fosse embora da região deles. 18Enquanto Jesus entrava de novo na barca, o homem que tinha sido endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele. 19Jesus, porém, não permitiu. Entretanto, lhe disse: “Vai para casa, para junto dos teus e anuncia-lhes tudo o que o Senhor, em sua misericórdia, fez por ti”. 20E o homem foi embora e começou a pregar na Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

O Senhor quer habitar o seu coração e libertá-lo do mal

“Logo que saiu da barca, um homem possuído por um espírito impuro, saindo de um cemitério, foi a seu encontro. Vendo Jesus de longe, o endemoninhado correu, caiu de joelhos diante dele e gritou bem alto: ‘Que tens a ver comigo, Jesus, Filho do Deus altíssimo?’” (Marcos 5,2.6-7).

Meus irmãos e minhas irmãs, o mal sabe quem é Jesus, o mal sabe a identidade de Jesus. Nem o mal resiste à força de atração que Jesus exerce sobre todas as coisas; até o demônio vai aos pés de Jesus, porque sabe que Ele é Deus.

Vejam, bastou Jesus tocar com os pés na terra daquele homem possuído para que o mal que estava nele se manifestasse. É assim que acontece, os pés de Jesus naquela terra, fazem tremer as forças do mal. O puro toca o impuro; o santo toca o pecador, a realidade de pecado. É isso que acontece, porque Nosso Senhor quis pisar a terra do nosso coração, quis pisar no solo impuro do nosso coração. Para quê? Para expulsar todo mal que possa existir dentro de nós.

Talvez, dentro de nós, também escondam essas realidades do mal, e Nosso Senhor hoje quer, pela força da Sua Palavra, tocar o teu coração e libertar você.

O Senhor se manifesta para destruir todas as obras do mal dentro do nosso coração

O homem — diz a Palavra — saiu do cemitério. Vejam, longe de Deus nós experimentamos a frieza da morte, a solidão de um sepulcro e a falta de vida. Quando nós nos afastamos de Deus, experimentamos somente realidades de morte, não há vida longe de Deus; nós não sobrevivemos estando longe d’Ele.

Depois, o endemoniado chama Jesus de “Filho do Altíssimo”. Vejam que interessante, o mal não é ateu, ele sabe quem é Jesus, ele sabe quem é o Filho de Deus. A identidade de Jesus é uma evidência para ele, só que, infelizmente, ele não dá espaço para Deus dentro dele, mas deu espaço para o mal, deu espaço para que o mal habitasse o seu coração.

Certamente, foram muitas concessões que aquele homem foi dando ao longo da sua vida, foram permissões que ele foi dando para que o mal se apossasse das suas capacidades — capacidade de amar, capacidade de escolha, capacidade de decisão. Tanto é que ele começa a fazer o mal para si mesmo, a se mutilar, a se autodestruir; é assim que o mal faz conosco, ele vai pouco a pouco, a partir de uma concessão pequena que damos, tomando espaço dentro de nós. E quando nos damos conta, estamos não mais agindo segundo o Espírito de Deus, mas segundo o espírito do mal.

Nosso Senhor não quer isso para nenhum de nós, Nosso Senhor não quer que nos mutilemos, nos autodestruamos, mas Ele quer que nós tenhamos vida plena. Hoje, Ele se manifesta para destruir todas as obras do mal dentro do nosso coração.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Ferreira

Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

C

Santa Jacinta Marescotti, um exemplo de dedicação total a Deus

Virgem e Religiosa

Origens

Santa Jacinta Marescotti que, então, tinha como nome de batismo Clarice, nasceu no ano de 1585, em Roma. Pertencia a uma família muito nobre, religiosa, com posses, mas que possuía, principalmente, a devoção e o amor acima de tudo. Seus pais eram o príncipe Marco Antônio Marescotti e Otávia Orsini, os dois faziam de tudo para que os filhos conhecessem Jesus e recebessem uma ótima educação.

Educação Religiosa

Ainda menina, foi enviada para um convento para a sua educação, numa escola franciscana. Sua irmã Inocência já era uma religiosa franciscana. Os pais desejavam para Clarice o mesmo caminho que a irmã seguia. No entanto, já moça, ela tinha o desejo de se casar e constituir sua família. Conheceu um jovem marquês por quem se apaixonou, mas coube-lhe o destino dele se casar com Ortênsia, sua irmã mais nova.

Franciscana

Decepcionada, Clarice decidiu não perdoar o pai por ter entregue à irmã o homem com quem ela queria se casar. Começou, então, a tomar outros caminhos para sua vida, entregando-se cada vez mais ao pecado. Desse modo, seu pai a enviou ao Mosteiro de São Bernardino, em Viterbo, onde ela havia estudado ainda pequena. Clarice não desanimou, recebeu o nome de Jacinta e submeteu-se ao hábito. Professou seu voto de castidade e tornou-se Terciária Franciscana, mas não fez os votos de pobreza, não abriu mão de suas roupas refinadas nem de uma moradia refinada.

Santa Jacinta Marescotti: abandonou os luxos e riquezas

Reflexão

Viveu desta maneira por 15 anos, até que, com o assassinato do pai, ela começou a questionar a importância dos títulos, dos bens e do luxo. Em seguida, ela adoeceu seriamente e compreendeu que o Senhor a aguardava. Invocou ao Senhor dizendo: “Ó Deus, eu Vos suplico, dai sentido à minha vida, dai-me esperança, dai-me salvação”. Curando-se da enfermidade, pediu perdão às coirmãs,  abriu mão de todo o luxo e dedicou-se a uma total entrega ao Senhor.

Provações e Doação Total

Os próximos 24 anos de sua vida foram de privações e de doação ao próximo, especialmente aos pobres e doentes. Com o auxílio financeiro de velhos amigos, conseguiu dirigir obras que prestavam assistência sociais aos necessitados; fundou asilos e orfanatos. Tudo o que recebia, dedicava aos pobres.

Páscoa

Santa Jacinta Marescotti faleceu em 30 de janeiro de 1640, foi sepultada na igreja do convento onde se converteu, em Viterbo. Foi canonizada em 24 de maio de 1807 pelo Papa Pio VII.

Minha oração

“Por teu exemplo de desapego e pobreza, nos conduza a colocar Deus em primeiro lugar na nossa vida. Que vivamos buscando o essencial ao invés das riquezas desse mundo. Rogai para os mais favorecidos que tenham a generosidade de partilhar os seus bens e ajudar o próximo que mais sofre. Amém.”

Santa Jacinta Marescotti, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 30 de janeiro

Em Jerusalém, São Matias, bispo. († s. II)

Em Edessa, no Osroene, hoje Sanliurfa, na Turquia, São Barsimeu, bispo. († s. III)

Em Roma, a comemoração de Santa Martinha, sob cujo título o papa Dono dedicou uma basílica no foro romano. († 677)

Em Chelles, no território de Paris, atualmente na França, Santa Batilde, rainha, que fundou cenóbios sob a Regra de São Bento segundo os costumes de Luxeuill. († 680)

Em Maubeuge, na Nêustria, na atual França, Santa Aldegundes ou Aldegonda, abadessa, no tempo do rei Dagoberto. († c. 684)

Em Pavia, na Lombardia, região da Itália, Santo Armentário, bispo. († d. 731)

A paixão de São Teófilo o Jovem, mártir. († 792)

Em Burgos, cidade de Castela e Leão, atual região da Espanha, Santo Adelelmo ou Lesmes, abade. († 1097)

Em Dublin, na Irlanda, o falecimento do Beato Francisco Taylor, mártir. († 1584)

Em Kumamoto, cidade do Japão, os beatos mártires Ogasawara Yosaburo Gen’ya, sua esposa Ogasawara Miya Luísa, com nove filhos e quatro servos da família Ogasawara.  († 1636)

Em Turim, no Piemonte, região da Itália, o Beato Sebastião Valfré, presbítero da Congregação do Oratório de São Filipe Néri. († 1710)

Em Seul, na Coreia, o santo mártir Paulo Ho Hyob. († 1840)

Em Tonquim, no actual Vietnam, São Tomé Khuong, presbítero e mártir. († 1860)

Em Guadalajara, no México, São David Galván, presbítero e mártir. († 1915)

Na Bélgica, São Muciano Maria (Luís Wiaux), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs. († 1917)

Na Bélgica, o Beato Columba Marmion, que, natural da Irlanda, foi ordenado presbítero e eleito abade na Ordem de São Bento. († 1923)

Na Espanha, a Beata Cármen Garcia Moyon, mártir. († 1937)

Na Polónia, o Beato Segismundo Pisarski, presbítero e mártir.

Fonte:

Martirológio Romano

Vaticannews.va

Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade