Primeira Leitura (At 6,1-7)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

1Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário.

2Então os Doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: “Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas. 3Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos dessa tarefa. 4Desse modo nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra”.

5A proposta agradou a toda a multidão. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus. 6Eles foram apresentados aos apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.

7Entretanto, a Palavra do Senhor se espalhava. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório (Sl 32)

Responsório (Sl 32)

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

— Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o!

— Pois reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

— O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

Evangelho (Jo 6,16-21)

Evangelho (Jo 6,16-21)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

16Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. 17Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.

18Soprava um vento forte e o mar estava agitado. 19Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo.

20Mas Jesus disse: “Sou eu. Não tenhais medo”. 21Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Na barca da sua vida: confie em Jesus. Não tenha medo!

“Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. Mas Jesus disse: ‘Sou eu. Não tenhais medo’”(João 6, 16-20).

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É Jesus quem se aproxima da nossa barca e da nossa vida. O Ressuscitado está vivo no meio de nós. E, quando nós estamos em momentos assim, Ele quer, em todos os dias, se aproximar de nós.

Se nós perguntássemos para uma pessoa — que entende, por exemplo, dessa realidade: “Qual é a sensação de estar no mar agitado e remar à noite no mar agitado?”. Se nós perguntássemos para uma pessoa que passa por essa situação, nós teríamos, um pouco, da sensação daquilo que os discípulos experimentaram naquele momento. Mas, o que é isso na nossa vida? O que é isso na nossa história? Quando você também experimentou a sensação de se ver perdido, sem rumo, desencontrado, diante de uma tribulação ou duma situação que bateu à sua porta; diante dos desafios que você tem de enfrentar, talvez, você já experimentou esta sensação: a de perder o rumo na vida.

Jesus quer entrar na nossa vida nos momentos em que a “barca” estiver agitada

Muitos de nós já experienciamos isso. Porém, nesse momento, assim como eu disse, Jesus aparece. Ele aparece exatamente porque é o nosso contemporâneo; Ele está em todos os momentos da nossa vida, no aqui e no agora da nossa existência, Jesus está presente. A presença de Jesus acaba provocando o contrário, pois o que era para ser uma alegria, uma esperança, um alívio, tornou-se um espanto. Por que? Porque algo iria mudar. Os discípulos teriam de passar por uma experiência de acreditar naquela presença, de acolher aquela presença.

E nós vamos ter de acreditar em Jesus, quando Ele entrar na nossa vida nos momentos em que a “barca” da nossa vida também estiver agitada. E nós também poderemos experimentar o espanto. Por que? Porque nós teremos de confiar n’Ele; na palavra de Jesus, na certeza de que Ele está no meio da nossa tempestade. E isso nos desafia porque temos aquela velha mania de fazermos tudo da nossa cabeça, somos independentes, não queremos confiar.

Queremos sim a ajuda de Jesus, mas, quando Ele Se apresenta e aparece, nós confundimos tudo, imaginamos que Jesus venha para nos atrapalhar, que venha exigir de nós muita confiança; e nós vamos, muitas vezes, construindo Deus a nossa maneira, na nossa cabeça, no nosso jeito de pensar.

Às vezes, achamos que Deus é assim: tudo muito “quadradinho, montadinho” dentro dos nossos esquemas, da maneira que nós imaginamos. E, muitas vezes, temos de quebrar esses ídolos que construímos dentro de nós; temos de quebrar  dentro de nós as falsas imagens, as falsas seguranças que nós vamos construindo. E a palavra de Jesus é certeira: “Não tenhais medo, sou Eu”.

E, hoje, é isto que Ele diz para mim e para você: “Não tenhais mais medo, sou Eu”. Hoje, é preciso que cada um de nós dê um passo de maturidade: aceitar uma presença, no meio das tribulações. Porém, não é qualquer presença, pois é a presença de Jesus, é a presença do Ressuscitado que joga fora todos os nossos medos, todas as nossas dúvidas e incertezas.

Confie. Não tenha medo!

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo.

Amém!

 

Padre Donizete Ferreira

Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

Comentários

 

São Pio V, Papa devoto de Nossa Senhora, a Rainha das Batalhas

Papa até 1572

Carreira e má fama

Miguel Ghisleri, eleito Papa, em 1566, com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos, ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, Papa. O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade, Pio V foi Papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do Papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.

Contexto de Guerra

Em um período de guerras e instabilidades, houve a batalha de Lepanto. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto com trezentos navios que aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas. Essa vitória teve importância central no cristianismo, já que corria o risco de a Europa tornar-se muçulmana após o ataque e tomada das terras. O Papa Pio V convocou o povo a pedir a intercessão de Nossa Senhora rezando o terço pelo combate. Com a notícia da conquista naval,  o Papa mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna em comemoração dos méritos da guerra. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro.

Importância doutrinária

A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à figura de Pio V, no civil Antônio Michele Ghislieri. Resolvido e inflexível, a sua figura é recordada, de modo particular, pela Contra Reforma, por ter combatido a heresia, e pela Liga Santa, a coalizão militar, que constituiu com os Estados europeus, para deter o avanço dos turcos na Europa. No entanto, foram importantes e numerosas também as suas decisões em matéria teológica e litúrgica. Publicou novos textos do Breviário (1568), do Missal (1570) e do Catecismo Romano. Como pessoa inflexível, tomou uma série de medidas, entre as quais a bula In Coena Domini, com a qual tomava providências sobre a custódia da fé e a luta contra as heresias. Reduziu os gastos da corte papal, impôs a obrigação de residência aos Bispos e confirmou a importância do cerimonial; opôs-se a todo tipo de nepotismo e procurou melhorar, de todas as formas, os usos e costumes da população.

Pio V e as monarquias europeias

São Pio V deu prova de grandes capacidades, também em relação às monarquias europeias. Conseguiu fazer prevalecer as decisões do Concílio de Trento, na Itália, Alemanha, Polônia e Portugal. Entre os monarcas católicos, somente o rei da França se opôs juntamente com a  excomunhão da rainha Inglesa Isabel I, pois era anglicana e procurou fortalecer a posição católica perante o protestantismo.

Atenção aos pobres

Durante o seu Pontificado, Pio V dedicou-se à assistência dos pobres e necessitados, criando estruturas assistenciais como o “Monte de Piedade” e os hospitais de São Pedro e de Santo Espírito. Durante a escassez de 1566, suprimiu todo e qualquer gasto supérfluo, distribuiu alimentos e promoveu serviços sanitários.

Morte e Canonização

Debilitado por uma longa enfermidade, Pio V faleceu no dia 1° de maio de 1572. Seus restos mortais descansam, ainda hoje, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cem anos após a sua morte, São Pio V foi beatificado pelo Papa Clemente X, no dia 27 de abril de 1672, e canonizado em 22 de maio de 1712.

A minha oração

“Ao nosso papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade.  Amém”

São Pio V, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 30 de abril:

Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santa Sofia, virgem e mártir. († data inc.)

Em Roma, no cemitério de Pretextato, junto à Via Ápia, São Quirino, mártir. († c. s. III)

Em Saintes, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eutrópio, primeiro bispo desta cidade. († s. III)

Em Afrodísia, na Cária, na hodierna Turquia, os santos Diodoro e Rodopiano, mártires. († s. IV)

Em Euria, no Epiro, hoje Paramythia, na Grécia, São Donato, bispo. († s. IV)

Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Lourenço, presbítero e mártir. († s. IV)

Em Forli, na Emília-Romanha, também região da Itália, São Mercurial, bispo. († s. IV)

Em Nápoles, na Campânia, igualmente região da Itália, São Pompónio, bispo. († s. VI)

Em Roma, o Beato Pedro Levita, diácono e monge. († 605)

Em Viviers-sur-Rhône, na Nêustria, na hodierna França, Santo Augulo, bispo. († s. VII)

Em Barking, na Inglaterra, o passamento de Santo Erconvaldo, bispo, que fundou dois mosteiros. († 693)

Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Amador, presbítero, Pedro, monge, e Luís. († 855)

Em Verona, no Véneto, região da Itália, São Gualfardo, monge. († 1127)

Em Vernon-sur-Seine, na França, Santo Adjutor. († c. 1131)

Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Guilherme Southerne, presbítero e mártir. († 1618)

Em Fossombrone, nas Marcas, região da Itália, o Beato Bento de Urbino, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1625)

No Québec, província do Canadá, Santa Maria da Encarnação (Maria Guyart Martin), mãe de família, que, depois da morte do esposo, confiou o filho ainda pequeno aos cuidados da sua irmã e, professando a vida religiosa entre as Irmãs Ursulinas, fundou a casa destas Religiosas no Canadá e realizou obras admiráveis.

(† 1672)

Em Chiéri, perto de Aosta, no Piemonte, região da Itália, São José Bento Cottolengo, presbítero. († 1842)

Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Tuan, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1861)

Em Paderborn, na Alemanha, a Beata Paulina von Mallinckrodt, virgem, fundadora das Irmãs da Caridade Cristã. († 1881)

Fontes:

vaticannews.va

Martirológio Romano

Liturgia das Horas

Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]

Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]

Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]

– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

 

São Pio V, Papa devoto de Nossa Senhora, a Rainha das Batalhas

Papa até 1572

Carreira e má fama

Miguel Ghisleri, eleito Papa, em 1566, com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos, ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, Papa. O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade, Pio V foi Papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do Papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.

Contexto de Guerra

Em um período de guerras e instabilidades, houve a batalha de Lepanto. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto com trezentos navios que aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas. Essa vitória teve importância central no cristianismo, já que corria o risco de a Europa tornar-se muçulmana após o ataque e tomada das terras. O Papa Pio V convocou o povo a pedir a intercessão de Nossa Senhora rezando o terço pelo combate. Com a notícia da conquista naval,  o Papa mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna em comemoração dos méritos da guerra. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro.

Importância doutrinária

A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à figura de Pio V, no civil Antônio Michele Ghislieri. Resolvido e inflexível, a sua figura é recordada, de modo particular, pela Contra Reforma, por ter combatido a heresia, e pela Liga Santa, a coalizão militar, que constituiu com os Estados europeus, para deter o avanço dos turcos na Europa. No entanto, foram importantes e numerosas também as suas decisões em matéria teológica e litúrgica. Publicou novos textos do Breviário (1568), do Missal (1570) e do Catecismo Romano. Como pessoa inflexível, tomou uma série de medidas, entre as quais a bula In Coena Domini, com a qual tomava providências sobre a custódia da fé e a luta contra as heresias. Reduziu os gastos da corte papal, impôs a obrigação de residência aos Bispos e confirmou a importância do cerimonial; opôs-se a todo tipo de nepotismo e procurou melhorar, de todas as formas, os usos e costumes da população.

Pio V e as monarquias europeias

São Pio V deu prova de grandes capacidades, também em relação às monarquias europeias. Conseguiu fazer prevalecer as decisões do Concílio de Trento, na Itália, Alemanha, Polônia e Portugal. Entre os monarcas católicos, somente o rei da França se opôs juntamente com a  excomunhão da rainha Inglesa Isabel I, pois era anglicana e procurou fortalecer a posição católica perante o protestantismo.

Atenção aos pobres

Durante o seu Pontificado, Pio V dedicou-se à assistência dos pobres e necessitados, criando estruturas assistenciais como o “Monte de Piedade” e os hospitais de São Pedro e de Santo Espírito. Durante a escassez de 1566, suprimiu todo e qualquer gasto supérfluo, distribuiu alimentos e promoveu serviços sanitários.

Morte e Canonização

Debilitado por uma longa enfermidade, Pio V faleceu no dia 1° de maio de 1572. Seus restos mortais descansam, ainda hoje, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cem anos após a sua morte, São Pio V foi beatificado pelo Papa Clemente X, no dia 27 de abril de 1672, e canonizado em 22 de maio de 1712.

A minha oração

“Ao nosso papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade.  Amém”

São Pio V, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 30 de abril:

Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santa Sofia, virgem e mártir. († data inc.)

Em Roma, no cemitério de Pretextato, junto à Via Ápia, São Quirino, mártir. († c. s. III)

Em Saintes, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eutrópio, primeiro bispo desta cidade. († s. III)

Em Afrodísia, na Cária, na hodierna Turquia, os santos Diodoro e Rodopiano, mártires. († s. IV)

Em Euria, no Epiro, hoje Paramythia, na Grécia, São Donato, bispo. († s. IV)

Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Lourenço, presbítero e mártir. († s. IV)

Em Forli, na Emília-Romanha, também região da Itália, São Mercurial, bispo. († s. IV)

Em Nápoles, na Campânia, igualmente região da Itália, São Pompónio, bispo. († s. VI)

Em Roma, o Beato Pedro Levita, diácono e monge. († 605)

Em Viviers-sur-Rhône, na Nêustria, na hodierna França, Santo Augulo, bispo. († s. VII)

Em Barking, na Inglaterra, o passamento de Santo Erconvaldo, bispo, que fundou dois mosteiros. († 693)

Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Amador, presbítero, Pedro, monge, e Luís. († 855)

Em Verona, no Véneto, região da Itália, São Gualfardo, monge. († 1127)

Em Vernon-sur-Seine, na França, Santo Adjutor. († c. 1131)

Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Guilherme Southerne, presbítero e mártir. († 1618)

Em Fossombrone, nas Marcas, região da Itália, o Beato Bento de Urbino, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1625)

No Québec, província do Canadá, Santa Maria da Encarnação (Maria Guyart Martin), mãe de família, que, depois da morte do esposo, confiou o filho ainda pequeno aos cuidados da sua irmã e, professando a vida religiosa entre as Irmãs Ursulinas, fundou a casa destas Religiosas no Canadá e realizou obras admiráveis.

(† 1672)

Em Chiéri, perto de Aosta, no Piemonte, região da Itália, São José Bento Cottolengo, presbítero. († 1842)

Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Tuan, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1861)

Em Paderborn, na Alemanha, a Beata Paulina von Mallinckrodt, virgem, fundadora das Irmãs da Caridade Cristã. († 1881)

Fontes:

vaticannews.va

Martirológio Romano

Liturgia das Horas

Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]

Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]

Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]

– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

 

Na barca da sua vida: confie em Jesus. Não tenha medo!

“Ao cair da tarde, os discípulos desceram ao mar. Entraram na barca e foram em direção a Cafarnaum, do outro lado do mar. Já estava escuro, e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles. Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros, quando enxergaram Jesus, andando sobre as águas e aproximando-se da barca. E ficaram com medo. Mas Jesus disse: ‘Sou eu. Não tenhais medo’”(João 6, 16-20).

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É Jesus quem se aproxima da nossa barca e da nossa vida. O Ressuscitado está vivo no meio de nós. E, quando nós estamos em momentos assim, Ele quer, em todos os dias, se aproximar de nós.

Se nós perguntássemos para uma pessoa — que entende, por exemplo, dessa realidade: “Qual é a sensação de estar no mar agitado e remar à noite no mar agitado?”. Se nós perguntássemos para uma pessoa que passa por essa situação, nós teríamos, um pouco, da sensação daquilo que os discípulos experimentaram naquele momento. Mas, o que é isso na nossa vida? O que é isso na nossa história? Quando você também experimentou a sensação de se ver perdido, sem rumo, desencontrado, diante de uma tribulação ou duma situação que bateu à sua porta; diante dos desafios que você tem de enfrentar, talvez, você já experimentou esta sensação: a de perder o rumo na vida.

Jesus quer entrar na nossa vida nos momentos em que a “barca” estiver agitada

Muitos de nós já experienciamos isso. Porém, nesse momento, assim como eu disse, Jesus aparece. Ele aparece exatamente porque é o nosso contemporâneo; Ele está em todos os momentos da nossa vida, no aqui e no agora da nossa existência, Jesus está presente. A presença de Jesus acaba provocando o contrário, pois o que era para ser uma alegria, uma esperança, um alívio, tornou-se um espanto. Por que? Porque algo iria mudar. Os discípulos teriam de passar por uma experiência de acreditar naquela presença, de acolher aquela presença.

E nós vamos ter de acreditar em Jesus, quando Ele entrar na nossa vida nos momentos em que a “barca” da nossa vida também estiver agitada. E nós também poderemos experimentar o espanto. Por que? Porque nós teremos de confiar n’Ele; na palavra de Jesus, na certeza de que Ele está no meio da nossa tempestade. E isso nos desafia porque temos aquela velha mania de fazermos tudo da nossa cabeça, somos independentes, não queremos confiar.

Queremos sim a ajuda de Jesus, mas, quando Ele Se apresenta e aparece, nós confundimos tudo, imaginamos que Jesus venha para nos atrapalhar, que venha exigir de nós muita confiança; e nós vamos, muitas vezes, construindo Deus a nossa maneira, na nossa cabeça, no nosso jeito de pensar.

Às vezes, achamos que Deus é assim: tudo muito “quadradinho, montadinho” dentro dos nossos esquemas, da maneira que nós imaginamos. E, muitas vezes, temos de quebrar esses ídolos que construímos dentro de nós; temos de quebrar  dentro de nós as falsas imagens, as falsas seguranças que nós vamos construindo. E a palavra de Jesus é certeira: “Não tenhais medo, sou Eu”.

E, hoje, é isto que Ele diz para mim e para você: “Não tenhais mais medo, sou Eu”. Hoje, é preciso que cada um de nós dê um passo de maturidade: aceitar uma presença, no meio das tribulações. Porém, não é qualquer presença, pois é a presença de Jesus, é a presença do Ressuscitado que joga fora todos os nossos medos, todas as nossas dúvidas e incertezas.

Confie. Não tenha medo!

Sobre todos vós, a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo.

Amém!

 

Padre Donizete Ferreira

Sacerdote da Comunidade Canção Nova.

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São Pio V, Papa devoto de Nossa Senhora, a Rainha das Batalhas

Papa até 1572

Carreira e má fama

Miguel Ghisleri, eleito Papa, em 1566, com o nome de Pio V, nasceu em Bosco Marengo, na província de Alexandria em 1504. Aos 14 anos, ingressara nos dominicanos. Após a ordenação sacerdotal, subiu rapidamente todos os degraus de excepcional carreira: professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e em Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi, Papa. O título de inquisidor pode torná-lo antipático ao homem de hoje, que da inquisição tem conceito frequentemente deformado pelas narrações superficiais. Na verdade, Pio V foi Papa um tanto sacrificado, como sacrificados são todos os reformadores dos costumes. Mas é título de merecimento para ele ter debelado a simonia da Cúria romana e o nepotismo. Aos numerosos parentes que foram a Roma com a esperança de algum privilégio, Pio V disse que um parente do Papa pode considerar-se bastante rico se não estiver na miséria.

Contexto de Guerra

Em um período de guerras e instabilidades, houve a batalha de Lepanto. A frota turco-muçulmana estava pronta para o ataque decisivo no Golfo de Lepanto com trezentos navios que aguardavam a ordem para abater, definitivamente, a Europa Cristã. Às 12 horas, do dia 7 de outubro de 1571, teve início uma das batalhas navais mais determinantes da história cristã. Depois de três horas de ferozes combates, as forças aliadas da Liga Santa derrotaram as otomanas. Essa vitória teve importância central no cristianismo, já que corria o risco de a Europa tornar-se muçulmana após o ataque e tomada das terras. O Papa Pio V convocou o povo a pedir a intercessão de Nossa Senhora rezando o terço pelo combate. Com a notícia da conquista naval,  o Papa mandou tocar todos os sinos da Cidade Eterna em comemoração dos méritos da guerra. E, como sinal de agradecimento à Virgem Maria, instituiu a festa de Nossa Senhora do Rosário em 7 de outubro.

Importância doutrinária

A Batalha de Lepanto foi uma das páginas mais famosas ligadas à figura de Pio V, no civil Antônio Michele Ghislieri. Resolvido e inflexível, a sua figura é recordada, de modo particular, pela Contra Reforma, por ter combatido a heresia, e pela Liga Santa, a coalizão militar, que constituiu com os Estados europeus, para deter o avanço dos turcos na Europa. No entanto, foram importantes e numerosas também as suas decisões em matéria teológica e litúrgica. Publicou novos textos do Breviário (1568), do Missal (1570) e do Catecismo Romano. Como pessoa inflexível, tomou uma série de medidas, entre as quais a bula In Coena Domini, com a qual tomava providências sobre a custódia da fé e a luta contra as heresias. Reduziu os gastos da corte papal, impôs a obrigação de residência aos Bispos e confirmou a importância do cerimonial; opôs-se a todo tipo de nepotismo e procurou melhorar, de todas as formas, os usos e costumes da população.

Pio V e as monarquias europeias

São Pio V deu prova de grandes capacidades, também em relação às monarquias europeias. Conseguiu fazer prevalecer as decisões do Concílio de Trento, na Itália, Alemanha, Polônia e Portugal. Entre os monarcas católicos, somente o rei da França se opôs juntamente com a  excomunhão da rainha Inglesa Isabel I, pois era anglicana e procurou fortalecer a posição católica perante o protestantismo.

Atenção aos pobres

Durante o seu Pontificado, Pio V dedicou-se à assistência dos pobres e necessitados, criando estruturas assistenciais como o “Monte de Piedade” e os hospitais de São Pedro e de Santo Espírito. Durante a escassez de 1566, suprimiu todo e qualquer gasto supérfluo, distribuiu alimentos e promoveu serviços sanitários.

Morte e Canonização

Debilitado por uma longa enfermidade, Pio V faleceu no dia 1° de maio de 1572. Seus restos mortais descansam, ainda hoje, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Cem anos após a sua morte, São Pio V foi beatificado pelo Papa Clemente X, no dia 27 de abril de 1672, e canonizado em 22 de maio de 1712.

A minha oração

“Ao nosso papa pedimos a fortaleza contra as heresias, a força contra o demônio e a tentação com uma santa devoção à Virgem Maria, a Senhora e Rainha das Batalhas. Com ele, pedimos por nossos governantes que sejam fiéis a Deus e comprometidos com o povo, comprometidos com a verdade.  Amém”

São Pio V, rogai por nós!

Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 30 de abril:

Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santa Sofia, virgem e mártir. († data inc.)

Em Roma, no cemitério de Pretextato, junto à Via Ápia, São Quirino, mártir. († c. s. III)

Em Saintes, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eutrópio, primeiro bispo desta cidade. († s. III)

Em Afrodísia, na Cária, na hodierna Turquia, os santos Diodoro e Rodopiano, mártires. († s. IV)

Em Euria, no Epiro, hoje Paramythia, na Grécia, São Donato, bispo. († s. IV)

Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Lourenço, presbítero e mártir. († s. IV)

Em Forli, na Emília-Romanha, também região da Itália, São Mercurial, bispo. († s. IV)

Em Nápoles, na Campânia, igualmente região da Itália, São Pompónio, bispo. († s. VI)

Em Roma, o Beato Pedro Levita, diácono e monge. († 605)

Em Viviers-sur-Rhône, na Nêustria, na hodierna França, Santo Augulo, bispo. († s. VII)

Em Barking, na Inglaterra, o passamento de Santo Erconvaldo, bispo, que fundou dois mosteiros. († 693)

Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Amador, presbítero, Pedro, monge, e Luís. († 855)

Em Verona, no Véneto, região da Itália, São Gualfardo, monge. († 1127)

Em Vernon-sur-Seine, na França, Santo Adjutor. († c. 1131)

Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Guilherme Southerne, presbítero e mártir. († 1618)

Em Fossombrone, nas Marcas, região da Itália, o Beato Bento de Urbino, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. († 1625)

No Québec, província do Canadá, Santa Maria da Encarnação (Maria Guyart Martin), mãe de família, que, depois da morte do esposo, confiou o filho ainda pequeno aos cuidados da sua irmã e, professando a vida religiosa entre as Irmãs Ursulinas, fundou a casa destas Religiosas no Canadá e realizou obras admiráveis.

(† 1672)

Em Chiéri, perto de Aosta, no Piemonte, região da Itália, São José Bento Cottolengo, presbítero. († 1842)

Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Tuan, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1861)

Em Paderborn, na Alemanha, a Beata Paulina von Mallinckrodt, virgem, fundadora das Irmãs da Caridade Cristã. († 1881)

Fontes:

vaticannews.va

Martirológio Romano

Liturgia das Horas

Diretório de Liturgia da Igreja no Brasil [Ed CNBB 2022]

Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]

Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aqui [Cléofas 2007]

– Pesquisa: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção: Fernando Fantini – Comunidade Canção Nova

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Primeira Leitura (At 5,34-42)

Primeira Leitura (At 5,34-42)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, 34um fariseu chamado Gamaliel, levantou-se no Sinédrio. Era mestre da Lei e todo o povo o estimava. Gamaliel mandou que os acusados saíssem por um instante.
35Depois disse: “Homens de Israel, vede bem o que estais para fazer contra esses homens. 36Algum tempo atrás apareceu Teudas, que se fazia passar por uma pessoa importante, e a ele se juntaram cerca de quatrocentos homens. Depois ele foi morto e todos os que o seguiam debandaram, e nada restou.
37Depois dele, no tempo do recenseamento, apareceu Judas, o galileu, que arrastou o povo atrás de si. Contudo, também ele morreu e todos os seus seguidores se dispersaram. 38Quanto ao que está acontecendo agora, dou-vos um conselho: não vos preocupeis com esses homens e deixai-os ir embora. Porque, se este projeto ou esta atividade é de origem humana será destruído. 39Mas, se vem de Deus, vós não conseguireis eliminá-los. Cuidado para não vos pordes em luta contra Deus!” E os membros do Sinédrio aceitaram o parecer de Gamaliel.
40Chamaram então os apóstolos, mandaram açoitá-los, proibiram que eles falassem em nome de Jesus, e depois os soltaram. 41Os apóstolos saíram do Conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus. 42E cada dia, no Templo e pelas casas, não cessavam de ensinar e anunciar o evangelho de Jesus Cristo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.