Na relação com Deus, ocupe-se apenas com o essencial

“Naquele tempo, algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: ‘Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído’. Mas eles perguntaram: ‘Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?’ Jesus respondeu: ‘Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente!’” (Lucas 21,5-8)

Meus irmãos e minhas irmãs, a beleza sempre nos atrai, isso é um fato, mas existe uma beleza que vem da estética, da superfície das coisas; e outra que vem da substância, da essência de todas as coisas, e é sobre essa que Jesus estava dizendo.

Quando existe, por exemplo, um encantamento de um homem por uma mulher, atraído por sua beleza, com o passar do tempo esse amor precisa permanecer porque vão surgir as rugas, os cabelos brancos; e o amor vai precisar enxergar a substância, aquilo que está escondido por detrás, que, muitas vezes, o tempo vai envelhecendo. O amor vê além das aparências.

O templo que as pessoas admiravam no tempo de Jesus não existe mais, mas ficou na memória das pessoas o seu esplendor e a sua beleza; essa beleza que nós vimos no Evangelho, que as pessoas estavam contemplando… Tanto é que os judeus, ainda hoje, vão para aquele lugar onde existia o templo, e vão ali para rezar na presença de Deus, voltados para um pedaço do muro, mas que, substancialmente, revelam o poder de Deus. E o fazem com muito respeito e muita veneração. Estou falando aqui do muro das lamentações, que é conhecido de todos nós, onde os judeus vão para fazer as suas orações.

Somos templos vivos do Senhor e temos de nos ocupar daquilo que é essencial

É interessante que, ao caminhar por aquele lugar, percebemos a devoção e o amor que expressam naquele lugar, tanto que, quando eles se retiram do muro, eles não dão as costas, eles vão saindo, mas sempre de frente para o muro, para lembrar e contemplar que ali é lugar da presença de Deus.

Naquele lugar, eles fazem algumas celebrações particulares, por exemplo, o chamado ‘Bar-mitzvah’, que é quando o garotinho com 12 anos de idade já é capaz de observar a Lei de Deus, ele faz a sua introdução. São ritos belíssimos que acontecem ali, ainda hoje, naquele lugar, no muro das lamentações.

Estou dizendo isso porque Jesus nos adverte a não ficarmos presos à suntuosidade dessa vida, às coisas aparentes dessa vida, mas a aprender o essencial da nossa relação com Deus.

As basílicas, as catedrais, as belas igrejas, elas nos foram dadas a partir do século terceiro, começaram a ser construídas, mas, um dia, elas podem nos ser tiradas também; e Deus permanecerá vivo dentro de nós. Por quê? Porque somos templos vivos do Senhor e temos de nos ocupar daquilo que é essencial!

Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

AJU

Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças

Origens

Santa Catarina Labouré nasceu em Fain-lès-Moutiers, uma aldeia de Borgonha, na França, em 2 de maio de 1806. Seu pai era Pedro Labouré, e sua mãe Luísa Madalena Gontard. Catarina era a nona filha do casal. Moravam no campo, tinham amor ao trabalho e à simplicidade de vida.

Um desejo latente

Sua mãe faleceu aos 46 anos, quando Catarina tinha 9 anos de idade. Com a morte da mãe, assumiu com empenho a maternidade e a educação dos irmãos. Alimentava, em seu coração, o ardente desejo de ver Nossa Senhora, pedido esse constante em suas orações.

Compreensão do seu chamado

Um dia, dirigindo-se à Casa das Filhas da Caridade em Châtillon-sur-Seine, nota na parede da sala de visitas uma fotografia do sacerdote que ela via em seus sonhos. Uma irmã lhe explicou: “É o nosso pai, São Vicente de Paulo”. Catarina compreende que ela seria Filha da Caridade.

Noviciado

Em 21 de abril de 1830, Catarina entra no noviciado das Filhas da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, após seu pai lhe dar permissão para sair de casa.

Aparição da Virgem Maria a Santa Catarina Labouré

O Mistério de Deus

Aconteceu que, em 19 de julho de 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começou a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição. Por isso descreveu Catarina:

“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até a cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mais pedem.”

A medalha de Nossa Senhora das Graças

Nossa Senhora apareceu, por três vezes, a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás de ouvir a minha voz em tuas orações”. No fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada por todo o mundo.

Santa Catarina Labouré foi silenciosa e fervorosa a Deus em sua humildade

O Convento

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal dessa aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854.

Desconhecida Santa

Como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento e na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.

Páscoa

Santa Catarina Labouré entrou no Céu, em 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.

Via de Santificação

Em 1933, foi beatificada pelo Papa Pio XI. Por ordem do Arcebispo, seu corpo foi exumado. Verificou-se que estava perfeitamente conservado, até seus olhos ficaram intactos. Depositaram-no em um caixão de cristal sob o altar das aparições. Em 1947, foi canonizada pelo Papa Pio XII.

A Prodigiosa Medalha de Nossa Senhora das Graças

Como disse sua santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e, sobretudo, conversões, que a voz unânime do povo a chamou, desde logo, medalha milagrosa”.

Essa devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina, que muito bem soube relacionar-se com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Minha oração

“Humilde serva de Maria, divulgadora das tuas mensagens e devoção, que assim como a ti também nos tornemos verdadeiros devotos e divulgadores do amor a Virgem Santíssima. Assim como tu, através dessa espiritualidade, sejamos santos como o Senhor nos quer. Amém.”

Santa Catarina Labouré, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 28 de novembro

Em Sebaste, na Armênia, hoje Sivas, na Turquia, Santo Irenarco, mártir. († s. IV)

Na África Proconsular, no território da atual Líbia e Tunísia, a comemoração dos santos mártires Papiniano, bispo de Vita, e Mansueto, bispo de Urúsi. No mesmo tempo, outros santos bispos – Urbano de Girba, Crescente de Bizácio, Habetdeus de Teudáli, Eustrácio de Sufes, Crescónio de Oea, Vicis de Sábatra e Félix de Hadrumeto.  Depois, no tempo de Hunerico, filho de Genserico, Hortulano de Benefa e Florenciano de Midila. († c. 453-460)

Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santo Estêvão o Jovem, monge e mártir. († 764)

Perto de Rossano, na Calábria, região da Itália, Santa Teodora, abadessa, discípula de São Nilo o Jovem e mestra de vida monástica. († 980)

Em Nápoles, na Campânia, também região da Itália, o sepultamento de São Tiago da Marca, presbítero da Ordem dos Menores. († 1476)

Em York, na Inglaterra, o Beato Jaime Thomson, presbítero e mártir. († 1582)

No território de Kham Duong, no Anam, hoje no Vietnam, Santo André Tran Van Trong, mártir. († 1835)

Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato João Jesus , presbítero, e catorze companheiros, mártires, religiosos da Ordem de São João de Deus. († 1936)

Também em Paracuellos del Jarama, os beatos mártires Avelino Rodríguez Alonso, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e dezanove companheiros mártires. († 1936)

Também em Paracuellos de Jarama, os beatos Francisco Estevão Lacal e Vicente Blanco Guadilla, presbíteros da Congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, e onze companheiros, mártires. († 1936)

Em Picadero de Paterna, no território de Valência, também na Espanha, o Beato Luís Campos Górriz, mártir. († 1936)

Fonte:

Devocionário a Nossa Senhora das Graças – Editora Canção Nova

Martirológio Romano

– Produção e edição:  Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade

Primeira Leitura (Dn 2,31-45)

Primeira Leitura (Dn 2,31-45)

Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31 “Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32 A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33 sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34 Estavas olhando, quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar, e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35 então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra.

36 Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37 Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38 ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro. 39 Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze, e dominará toda a terra. 40 O quarto reino será forte como ferro; e assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41 Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42 Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço.

43 Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá decerto ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44 No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45 Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Dn 3,57-59.60-61 (R. cf. 59b)

Responsório Dn 3,57-59.60-61 (R. cf. 59b)

— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

— Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

— Obras do Senhor, bendizei o Senhor! Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

— Céus do Senhor, bendizei o Senhor! Anjos do Senhor, bendizei o Senhor!

— Águas do alto céu, bendizei o Senhor! Potências do Senhor, bendizei o Senhor!

Evangelho (Lc 21,5-11)

Evangelho (Lc 21,5-11)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Permanece fiel até a morte, e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10c)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 5 algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6 “Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7 Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?” 8 Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10 E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Primeira Leitura (Dn 1,1-6.8-20)

Primeira Leitura (Dn 1,1-6.8-20)

Início da Profecia de Daniel.

1 No terceiro ano do reinado de Joaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, avançou sobre Jerusalém e pôs-lhe cerco; 2 o Senhor entregou em suas mãos Joaquim, rei de Judá, e parte dos vasos da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Senaar, para o templo de seus deuses, depositando os vasos no tesouro dos deuses.

3 Então o rei ordenou ao chefe dos eunucos, Asfenez, para que trouxesse, dentre os filhos de Israel, alguns jovens de estirpe real ou de família nobre, 4 sem defeito físico e de boa aparência, preparados com boa educação, experientes em alguma ciência e instruídos, e que pudessem estar no palácio real, onde lhes deveriam ser ensinadas as letras e a língua dos caldeus.

5 O rei fixou-lhes uma ração diária da comida e do vinho de sua mesa, de tal modo que, assim alimentados e educados durante três anos, eles pudessem no fim entrar para o seu próprio serviço.

6 Havia, entre esses moços, filhos de Judá, Daniel, Ananias, Misael e Azarias. 8 Ora, Daniel decidiu secretamente não comer nem beber da mesa do rei por convicções religiosas, e pediu ao chefe dos eunucos que o deixasse abster-se para não se contaminar.

9 Deus concedera que Daniel obtivesse simpatia e benevolência por parte do mordomo. Este disse-lhe: “Tenho medo do rei, meu Senhor, que determinou alimentação e bebida para todos vós; 10 se vier a perceber em vós um aspecto mais abatido que o dos outros moços da vossa idade, estareis condenando minha cabeça perante o rei”.

11 Mas disse Daniel ao guarda que o chefe dos eunucos tinha designado para tomar conta dele, de Ananias, Misael e Azarias: 12 “Por favor, faze uma experiência com estes teus criados por dez dias, e nos sejam dados legumes para comer e água para beber; 13 e que à tua frente seja examinada nossa aparência e a dos jovens que comem da mesa do rei, e, conforme achares, assim resolverás com estes teus criados”.

14 O homem, depois de ouvir esta proposta, experimentou-os por dez dias. 15 Depois desses dez dias, eles apareceram com melhor aspecto e mais robustos do que todos os outros jovens que se alimentavam com a comida do rei.

16 O guarda, desde então, retirava a comida e bebida deles para dar-lhes legumes. 17 A esses quatro jovens Deus concedeu inteligência e conhecimento das letras e das ciências, e a Daniel, o dom da interpretação de todos os sonhos e visões.

18 Terminado, pois, o prazo que o rei tinha fixado para a apresentação dos jovens, foram estes trazidos à presença de Nabucodonosor pelo chefe dos eunucos. 19 Depois de o rei lhes ter falado, não se achou ninguém, dentre todos os presentes, que se igualasse a Daniel, Ananias, Misael e Azarias. E passaram à companhia do rei. 20 Em todas as questões de sabedoria e entendimento que lhes dirigisse, achava o rei neles dez vezes mais valor do que em todos os adivinhos e magos que havia em todo o reino.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Dn 3,52.53-54.55.56-57 (R. 52b)

Responsório Dn 3,52.53-54.55.56-57 (R. 52b)

— A vós louvor, honra e glória eternamente!

— A vós louvor, honra e glória eternamente!

— Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— No templo santo onde refulge a vossa glória. A vós louvor, honra e glória, eternamente! Em vosso trono de poder vitorioso. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória, eternamente! E superior aos querubins vos assentais. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

— Sede bendito no celeste firmamento. A vós louvor, honra e glória, eternamente!

Evangelho (Lc 21,1-4)

Evangelho (Lc 21,1-4)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Vigiai, diz Jesus, vigiai, pois, no dia em que não esperais, o vosso Senhor há de vir. (Mt 24,42a.44)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1 Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. 2 Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3 Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4 Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Coloque a sua vida nas mãos do Senhor

“Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do Templo. Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. Diante disso, ele disse: ‘Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver’.” (Lucas 21,1-4)

Hoje, dia 27 de novembro, celebramos também, com a Igreja, a memória de Nossa Senhora das Graças, Ela quem ofertou a sua vida inteira. Essa viúva [do Evangelho] nos remete à imagem da Virgem Maria, que ofertou a sua vida inteira, que deu-se completamente para Deus, ofertou-se completamente para a vontade de Deus. E, por isso, hoje, Ela é portadora de todas as graças porque trouxe em si a graça que é Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Olhando para o Evangelho, vemos uma realidade, alguns gestos se parecem idênticos exteriormente, mas quando vamos buscar a história por detrás de tal gesto, a intenção, o cerne, vemos que são radicalmente diferentes. Porque, olhando de fora, era uma oferta, não se sabia quanto, mas, quando foi se ver justamente a intenção do coração, a coisa mudou.

Foi o que Jesus fez quando viu que alguns depositavam quantias no tesouro do templo, as ofertas que eram destinadas ao templo. Porque Jesus tem a capacidade de ver a nossa intenção, quando fazemos um determinado gesto; se esse gesto é despretensioso ou se nós fazemos só para aparecer para os outros.

Peçamos à Virgem Maria a sua intercessão, Ela que se ofertou inteiramente a Deus, que confiou a sua vida nas mãos d’Ele

Essa é a análise interior de Jesus, que nos faz tomar consciência a respeito da nossa autenticidade, se realmente sou autêntico ou faço determinada coisa só para ser visto.

Vamos deixar hoje que Jesus também olhe para dentro de nós, vamos deixar que Ele também veja o nosso interior e nos purifique, porque é a paz que nós precisamos ter entre interior e exterior. Somos chamados a viver, no Evangelho de hoje, justamente essa paz entre o que nós fazemos e o por que fazemos, qual é o sentido das nossas ações.

Jesus percebeu, ali, no templo que alguém ofertou do seu supérfluo e alguém ofertou do seu essencial. A alguém custou apenas vencer o egoísmo do supérfluo — que já é alguma coisa, mas ainda estava distante —, mas a alguém custou vencer o medo de ficar sem nada e confiar que Deus cuida de tudo. São coisas bem distintas.

Aquela viúva sabia o quanto Deus era importante em sua vida, por isso, ela arriscou se lançar inteiramente nos braços d’Ele, ofertando tudo o que ela tinha para viver.

Não se preocupe com a quantidade, mas com a qualidade daquilo que você põe em jogo quando se trata das coisas sagradas. O mais importante é o nosso coração!

Peçamos à Virgem Maria a sua intercessão, Ela que se ofertou inteiramente a Deus, que confiou a sua vida nas mãos d’Ele, que Ela nos ajude a também nos abandonarmos nas mãos do Senhor.

Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

AJU

Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa

Origens

A devoção a Nossa Senhora das Graças teve início, em 1830, com as aparições da Virgem Maria à piedosa e humilde Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Ao todo, foram três aparições que aconteceram no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França.

Primeira Aparição

A primeira aparição aconteceu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, onde Nossa Senhora revela a Santa Catarina grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França.

Segunda Aparição

A segunda aparição aconteceu no dia 27 de novembro de 1830. A Santíssima Virgem aparece vestida de seda branca, um véu branco desce até a barra de seu vestido. Seus pés estão apoiados sobre a metade de um globo e esmagam uma serpente. Suas mãos estão erguidas à altura do peito e seguram um globo de ouro com uma cruz em cima. Seus olhos estão voltados para o céu. Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, “lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”.

“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”

Logo após, formou-se em torno da Virgem um quadro oval no alto, na qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta foi a prova do Céu de que Nossa Senhora é imaculada e concebida sem o pecado original.

Medalha Milagrosa

A Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Santa Catarina. A devoção a Nossa Senhora das Graças e a “Medalha Milagrosa”, como ficou popularmente conhecida entre os povos, espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, conforme prometeu a Virgem Maria àqueles que usarem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e mais tarde pelo mundo todo.

Verso da Medalha

Após alguns instantes, o quadro se vira. Sobre o reverso, Catarina vê a letra “M” com uma cruz sobreposta e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos e o da direita transpassado por uma espada. Doze estrelas distribuídas em forma oval cercam esse conjunto.

Terceira Aparição

Em dezembro de 1830, a Virgem Maria aparece pela terceira vez, apresentando a Santa Catarina os mesmos raios luminosos, dessa vez junto ao tabernáculo, e lhe confirma sua missão de cunhar a medalha.

Nossa Senhora das Graças é invocada em todo o mundo

O Dogma

Desde o ano de 1830, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é pronunciada várias vezes por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição.

A Festa

Em 1894, Papa Leão XIII concede a todas as Dioceses da França a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, chamada de “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, Papa Leão XIII, por meio de seu legado, coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa.

Devoção

A devoção a Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa está presente no mundo inteiro devido à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina.

Oração a Nossa Senhora das Graças:

Sim, ó Virgem Santa, não esqueçais as tristezas dessa terra; lançai um olhar de vontade aos que estão no sofrimento, aos que não cessam de provar o cálice das amarguras da vida. Tende piedade dos que se amam e que estão separados pela discórdia, pela doença, pelo cárcere, exílio ou morte. Tende piedade dos que choram, dos que suplicam, e dai a todos o conforto, a esperança e a paz! Atendei, pois, a minha humilde súplica e alcançai-me as graças que agora fervorosamente vos peço por intermédio de vossa santa Medalha Milagrosa! Amém.

Minha oração

“ Ó Mãe querida, nos cuide e nos proteja das doenças, da violência, da miséria física e espiritual. Sede nossa Senhora em tudo o que temos e somos, porque a ti confiamos a nossa vida, sabendo que de ti não somos decepcionados, mas sempre vistos como filhos queridos. Amém.”

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 27 de novembro

Junto ao rio Cea, na Galécia, hoje na Espanha, os santos Facundo e Primitivo, mártires. († s. IV)

Em Grumento, na Lucânia, hoje na Basilicata, região da Itália, São Lavério, mártir. († s. IV)

Em Aquileia, na Venécia, agora no Friúli, também região da Itália, São Valeriano, bispo. († 388)

Na antiga Pérsia, São Tiago, denominado Interciso, mártir. († c. 420)

Em Riez, na Provença, actualmente na França, São Máximo, que foi abade do mosteiro de Lérins, sucedendo a Santo Honorato, o fundador deste cenóbio, e depois foi bispo de Riez. († d. 455)

No território de Blois, na Gália, na atual França, Santo Eusício, solitário. († 542)

Em Carpentras, na Provença, também na actual França, São Sifrido, bispo. († s. VI)

Em Noyon, cidade da Gália, igualmente na hodierna França, Santo Acário, bispo. († 640)

Em Mogúncia, na Renânia da Austrásia, na atual Alemanha, Santa Bililde, virgem, que fundou um cenóbio no qual morreu santamente. († s. VIII in.)

Na Escócia, São Fergusto, bispo, que, segundo a tradição, exerceu o ministério entre os Pictos. († a. 721)

Em Salzburgo, na Baviera, na hodierna Áustria, São Virgílio, bispo. († 784)

Em Beauvoir-sur-Mer, localidade do litoral da França, no território de Nantes, na Bretanha Menor, São Gulstano, monge. († c. 1040)

Em L’Áquila, na região dos Vestinos, hoje nos Abruzos, região da Itália, o Beato Bernardino de Fossa , presbítero da Ordem dos Menores. († 1503)

Em Nagasaki, no Japão, os beatos Tomás Koteda Kiuni e dez companheiros, mártires.  († 1619)

No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, cidade da Baviera, na Alemanha, o Beato Bronislau Kostowski, mártir. († 1942)

Fonte:

Devocionário a Nossa Senhora das Graças – Editora Canção Nova

Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]

Martirológio Romano

– Produção e edição:  Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade