Primeira Leitura (Dt 31,1-8)

Primeira Leitura (Dt 31,1-8)

Leitura do Livro do Deuteronômio.

1Moisés dirigiu-se a todo Israel com as seguintes palavras: 2“Tenho hoje cento e vinte anos e já não posso deslocar-me. Além do mais, o Senhor me disse: ‘Não atravessarás este rio Jordão’. 3É o Senhor teu Deus que irá à tua frente; ele mesmo, à tua vista, destruirá todas essas nações, para que ocupes suas terras. Josué passará adiante de ti, como disse o Senhor.

4E o Senhor fará com esses povos o que fez com Seon e Og, reis dos amorreus, e com suas terras, que ele destruiu. 5Quando, pois, o Senhor os entregar a vós, fareis com eles exatamente o que vos ordenei. 6Sede fortes e valentes; não vos intimideis nem tenhais medo deles, pois o Senhor teu Deus é ele mesmo o teu guia, e não te deixará nem te abandonará”.

7Depois Moisés chamou Josué e, diante de todo Israel, lhe disse: “Sê forte e corajoso, pois és tu que introduzirás este povo na terra que o Senhor sob juramento prometeu dar a seus pais, e és tu que lhe darás a posse dela. 😯 Senhor que é o teu guia, marchará à tua frente, estará contigo e não te deixará nem te abandonará. Por isso, não temas nem te acovardes”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório

Responsório Dt 32,3-4a.7.8.9 e 12 (R. 9a)

— A porção do Senhor é o seu povo.

— A porção do Senhor é o seu povo.

— O nome do Senhor vou invocar; vinde todos e dai glória a nosso Deus! Ele é a Rocha: suas obras são perfeitas.

— Recorda-te dos dias do passado e relembra as antigas gerações; pergunta, e teu pai te contará; interroga, e teus avós te ensinarão.

— Quando o Altíssimo os povos dividiu e pela terra espalhou os filhos de Adão, as fronteiras das nações ele marcou de acordo com o número de seus filhos;

— Mas a parte do Senhor foi o seu povo, e Jacó foi a porção de sua herança. O Senhor, somente ele, foi seu guia, e jamais um outro deus com ele estava.

Evangelho (Mt 18,1-5.10.12-14)

Evangelho (Mt 18,1-5.10.12-14)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia

— Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou de coração humilde e manso! (Mt 11,29)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” 2Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles 3e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. 4Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus. 5E quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.

10Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. 12Que vos parece? Se um homem tem cem ovelhas, e uma delas se perde, não deixa ele as noventa e nove nas montanhas, para procurar aquela que se perdeu? 13Em verdade vos digo, se ele a encontrar, ficará mais feliz com ela, do que com as noventa e nove que não se perderam. 14Do mesmo modo, o Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Peça a Deus um coração humilde e sem maldade

“Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: ‘Quem é o maior no Reino dos Céus?’ Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: ‘Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus’” (Mateus 18,1-4).

Para Deus, absolutamente ninguém é menosprezado, pois para Ele todos nós somos preciosos. Possuímos um valor ao qual nada se pode comparar.

Deus não nos compara com ninguém, não mede o nosso valor com nada, porque, aos olhos d’Ele, sempre seremos únicos; para Deus nunca seremos apenas mais um. E também jamais seremos vistos por Deus, mediante às nossas capacidades, segundo os critérios deste mundo, pois esse nos mede pela nossa capacidade, mas Deus não!

Deus é diferente, os critérios d’Ele estão na nossa capacidade em sermos filhos, humildemente filhos que em tudo dependem do Seu Pai; em tudo dependem do Pai que cuida, que ampara, que sustenta os seus filhos.

O Reino dos Céus é daqueles que são humildes, simples, daqueles que não possuem malícias no seu coração

Por isso, quando Jesus é questionado pelos discípulos sobre qual deles seria o maior, Jesus chama uma criança, coloca-a no meio deles e ensina que os maiores no Seu Reino são aqueles que não perderam a capacidade de ter um coração como o coração de uma criança. O Reino dos Céus é daqueles que não perderam a capacidade de, em tudo, depender do seu Pai.

A criança, como nós sabemos, é alguém que depende de tudo dos seus pais para sobreviver. E assim podemos também compreender que o Reino dos Céus é daqueles que descobriram que sem Deus não podemos viver, assim como uma criança não consegue sobreviver sem os seus pais.

O Reino dos Céus, meus irmãos, é daqueles que são humildes, simples, daqueles que não possuem malícias no seu coração, daqueles que não têm maldade, assim como as crianças que são puras. Sendo assim, o Reino dos Céus é daqueles que passam por esse processo de conversão, são daqueles que encontram apoio e segurança em um Deus que é Pai, que cuida de nós, que nos ampara e nos sustenta; daqueles que se deixam ser encontrados por esse Deus que é nosso Pai.

Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Bruno Antônio

Sa

Assunção de Nossa Senhora, dogma de fé

Origens

A Solenidade da Assunção da Bem-aventurada Virgem Maria é celebrada no dia 15 de agosto, desde o século V, com o significado de “Nascimento para o Céu”, ou, segundo a tradição bizantina, de “Dormição”. Em Roma, essa festa era celebrada desde meados do século VII, mas foi preciso esperar até 1° de novembro de 1950, quando Pio XII proclamou o Dogma da Assunção de Maria, elevada ao céu em corpo e alma.

Cumprimento da fé

No Credo Apostólico, professamos a nossa fé na “ressurreição da carne” e na “vida eterna”, fim e sentido último do caminho da vida terrena. Esta promessa de fé cumpriu-se em Maria, sinal de “consolo e esperança” (Prefácio). Trata-se de um privilégio de Maria, por ser intimamente ligado ao fato de ser Mãe de Jesus: visto que a morte e a corrupção do corpo humano são consequências do pecado, não era oportuno que a Virgem Maria – isenta de pecado – fosse implicada nesta lei humana. Daí o mistério da sua “Dormição” ou “Assunção ao céu”.

Maria elevada ao céu

O fato de Maria ter sido elevada ao céu é motivo de júbilo, alegria e esperança para nós: “Já e ainda não”. Uma criatura de Deus, Maria, já está no Céu e, com Ela e como ela, também nós, criaturas de Deus, estaremos um dia. Portanto, o destino de Maria, unida ao corpo transfigurado e glorioso de Jesus, será o mesmo destino de todos os que estão unidos ao Senhor Jesus, na fé e no amor.

A importância do corpo

A Solenidade da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, em corpo e alma ao Céu, é um sinal eloquente do que, não só a “alma”, mas também a “corporeidade” confirmam que “tudo era muito bom” (Gn 1,31), tanto que, como aconteceu com a Virgem Maria, também a “nossa carne” será elevada ao céu. Isto, porém, não quer dizer que somos isentos do nosso compromisso com a história; pelo contrário, é precisamente o nosso olhar, voltado para a Meta, o Céu, a nossa Pátria, que nos dá o impulso para nos comprometermos com a vida presente, nas pegadas do Magnificat: felizes pela misericórdia de Deus, atenciosos com todos nossos irmãos e irmãs, que encontramos ao longo do caminho, começando pelos mais fracos e frágeis.

Proclamação do Dogma

“Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos S. Pedro e S. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (Pio XII, Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950).

Páscoa

Maria encontra-se na glória de Deus; Ela alcançou a Meta, onde, um dia, todos nos encontraremos. Eis porque, hoje, Maria é sinal de consolação e esperança, pois, se Ela, criatura como nós, conseguiu, também nós conseguiremos. Mantenhamos nosso olhar e coração fixos naquela Mulher, que nunca abandonou seu Filho Jesus e, com Ele, agora, goza da alegria e da glória celeste. Confiemos em Maria! Que Ela nos ajude a percorrer o caminho da vida, reconhecendo as grandes coisas, que Deus faz em nós e em torno de nós, sendo capazes de engrandecê-Lo, com o Canto da nossa existência!

Minha oração

“Santíssima Mãe, Teu amor nos alcança e nos consola, Teu dogma aponta a verdade da ressurreição e a importância do corpo, assim como demonstrou o Teu filho. Ajudai-nos a crescer na fé e a nos tornarmos convictos desses fatos proclamados. Amém!”

Maria Assunta ao céu, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto

Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, a comemoração de São Tarcísio, mártir. († c. 257)

Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, os santos Estratão, Filipe e Eutiquiano, mártires. († data inc.)

Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Simpliciano, bispo. († 401)

Comemoração de Santo Alípio, bispo de Tagaste, na Numídia, atualmente na Argélia, que foi discípulo de Santo Agostinho.(† c. 430)

Em Hildesheim, na Saxónia, região da Alemanha, Santo Alfredo, bispo. († 874)

Em Alba Regia, na Panónia, hoje Szekesfehervar, na Hungria, Santo Estêvão, rei da Hungria. († 1038)

Em Cracóvia, na Polónia, São Jacinto, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1257)

Em Savigliano, no Piemonte, região da Itália, o Beato Aimão Taparélli, presbítero da Ordem dos Pregadores. († 1495)

Em Pallanza, próximo de Novara, também na Itália, a Beata Juliana de Busto Arsízio, virgem da Ordem de Santo Agostinho. († 1501)

Em Roma, Santo Estanislau Kostka, natural da Polónia, admitido no noviciado por São Francisco de Borja. († 1568)

Na cidade de Wendo, próximo de Busira, na actual República Democrática do Congo, o Beato Isidoro Bakanja, mártir. († 1909)

Em Chalchihuites, na região de Durango, no México, os santos mártires Luís Batis Sáinz, presbítero, Manuel Morales, pai de família, Salvador Lara Puente e David Roldán Lara. († 1926)

Em Barbastro, próximo de Huesca, no território de Aragão, na Espanha, os beatos Luís Masferrer Vila, presbítero, e dezenove companheiros, mártires, religiosos da Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria. († 1936)

Em Almazora, localidade próxima de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Maria Peris Polo, presbítero da Sociedade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir. († 1936)

Em Madrid, também na Espanha, a Beata Maria do Sacrário de São Luís Gonzaga (Elvira Moragas Cantarero), virgem da Ordem das Carmelitas Descalças e mártir. († 1936)

Também em Madrid, o Beato Domingos Maria de Alboraya (Agostinho Hurtado Soler), presbítero da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores. († 1936)

Em Motril, localidade próxima de Granada, no litoral da Espanha, o Beato Vicente Soler, presbítero da Ordem dos Agostinhos Recoletos e mártir. († 1936)

Em Palma de Gandia, localidade da região de Valência, também na Espanha, o Beato Carmelo Sastre Sastre, presbítero e mártir. († 1936)

Em Tárrega, povoação próxima de Barcelona, também na Espanha, o Beato Jaime Bonet Nadal, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir. († 1936)

Em Madrid, também na Espanha, o Beato José Santoja Pinsach, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir. († 1936)

Em Málaga, também na Espanha, os beatos mártires Manuel Formigo Giráldez, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, e Francisco Míguez Fernández, presbítero da Sociedade Salesiana. († 1936)

Em Caldas de Oviedo, nas Astúrias, também na Espanha, o Beato Severiano Montes Fernández, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e mártir. († 1936)

Em Pádua, na Itália, o Beato Cláudio (Ricardo Granzotto), religioso da Ordem dos Frades Menores. († 1947)

Fontes:

vatican.va e vaticannews.va

Martirológio Romano – liturgia.pt

Liturgia das Horas

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade C

Primeira Leitura (Dt 10,12-22)

Primeira Leitura (Dt 10,12-22)

Leitura do Livro do Deuteronômio.

Moisés falou ao povo dizendo: 12“E agora, Israel, o que é que o Senhor teu Deus te pede? Apenas que o temas e andes em seus caminhos; que ames e sirvas ao Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, 13e que guardes os mandamentos e preceitos do Senhor, que hoje te prescrevo para que sejas feliz.

14Vê: é ao Senhor teu Deus que pertencem os céus, o mais alto dos céus, a terra e tudo o que nela existe. 15No entanto, foi a teus pais que o Senhor se afeiçoou e amou; e, depois deles, foi à sua descendência, isto é, a vós, que ele escolheu entre todos os povos, como hoje está provado.

16Abri, pois, o vosso coração, e não endureçais mais vossa cerviz, 17porque o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas nem aceita suborno. 18Ele faz justiça ao órfão e à viúva, ama o estrangeiro e lhe dá alimento e roupa.

19Portanto, amai os estrangeiros, porque vós também fostes estrangeiros na terra do Egito. 20Temerás o Senhor teu Deus e só a ele servirás; a ele te apegarás e jurarás por seu nome. 21Ele é o teu louvor, ele é o teu Deus, que fez por ti essas coisas grandes e terríveis que viste com teus próprios olhos.

22Ao descerem para o Egito, teus pais eram apenas setenta pessoas, e agora o Senhor teu Deus te fez tão numeroso quanto as estrelas do céu”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 147(147B),12-13.14-15.19-20 (R. 12a)

Responsório Sl 147(147B),12-13.14-15.19-20 (R. 12a)

— Glorifica o Senhor, Jerusalém!

— Glorifica o Senhor, Jerusalém!

— Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

— A paz em teus limites garantiu e te dá como alimento a flor do trigo. Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz.

— Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos, suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, e nenhum outro revelou os seus preceitos.

Evangelho (Mt 17,22-27)

Evangelho (Mt 17,22-27)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. (cf. 2Ts 2,14)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 22quando Jesus e os seus discípulos estavam reunidos na Galileia, ele lhes disse: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. 23Eles o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. E os discípulos ficaram muito tristes. 24Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: “O vosso mestre não paga o imposto do Templo?”

25Pedro respondeu; “Sim, paga”. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: “Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?” 26Pedro respondeu: “Dos estranhos!” Então Jesus disse: “Logo os filhos são livres. 27Mas, para não escandalizar essa gente, vai ao mar, lança o anzol, e abre a boca do primeiro peixe que pescares. Ali encontrarás uma moeda; pega então a moeda e vai entregá-la a eles, por mim e por ti”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Torne-se livre amando totalmente a Deus

“Quando chegaram a Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo aproximaram-se de Pedro e perguntaram: ‘O vosso mestre não paga o imposto do Templo?’ Pedro respondeu; ‘Sim, paga’. Ao entrar em casa, Jesus adiantou-se, e perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos?’ Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo, os filhos são livres’” (Mateus 17,24-26).

O Evangelho de hoje nos fala sobre a questão do tributo ao templo. Muitos dos sacerdotes do templo, no tempo de Jesus, estavam isentos de pagar o tributo. E Jesus, que é o Filho de Deus e Senhor do templo, tinha muito mais razão do que ninguém para não pagar o tributo. No entanto, Ele ordena a Pedro que vá até o lago, que lance o anzol e tire da boca do primeiro peixe que pegar uma moeda, e assim pague o tributo para não escandalizar.

Pedro encontra essa moeda de valor suficiente e paga para ele e para Jesus aquele imposto. E com esse milagre que Jesus ordena fazer, compreendemos a cuidadosa providência do Senhor para com Seus filhos.

A nossa única dívida é o amor, esse é o verdadeiro pagamento que nos torna cada vez mais livres

Jesus, meus irmãos, com a Sua morte e ressurreição, já pagou para nós todo o preço que nos era devido. Com a Sua doação de vida, com a Sua entrega total na cruz, já nos fez totalmente livres, tornou-nos filhos.

Somos filhos, somos livres, não somos estranhos, contudo, mesmo assim, o Senhor também nos convida a cumprirmos com os nossos deveres sociais, a não fazermos uso de privilégio para cumprirmos com as nossas obrigações.

O serviço que Cristo pede aos Seus discípulos não consiste somente em dar algo, mas dar a si mesmo, assim como Ele se deu a nós. Não é somente pagar o imposto — o imposto dos filhos, dos livres —, mas é dar a si mesmo, é doar-se por completo, entregar-se totalmente. É esse: simplesmente entregar a vida pela liberdade e por amor a seus irmãos. Entregando a liberdade por amor, tornamo-nos mais capazes de amar e de nos entregar. Portanto, somos livres na nossa entrega e na nossa doação, sem renunciarmos aos nossos compromissos.

Precisamos compreender que a nossa única dívida é o amor, esse é o verdadeiro pagamento que precisamos realizar, e esse é o verdadeiro pagamento que nos torna cada vez mais livres, cada vez mais filhos. A nossa única dívida é o amor.

Desça sobre vós a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Bruno Antônio

Sacerdote da Comunidade Ca

São Maximiliano Maria Kolbe, mensageiro da paz no Holocausto

Origens

Rajmund Kolbe nasceu em Zdunska-Wola (Lodz), no centro da Polônia, em 8 de janeiro de 1894, e foi batizado no mesmo dia. A família mudou-se então para Pabianice, onde Raimundo frequentou a escola primária, sentiu um misterioso convite da Virgem Maria para amar generosamente Jesus e sentiu os primeiros sinais de uma vocação religiosa e sacerdotal. Em 1907, Raimundo foi acolhido no Seminário dos Frades Menores Conventuais de São Leopoldo. Em 4 de setembro de 1910, iniciou o noviciado com o nome de Fr. Maximiliano; e, em 5 de setembro de 1911, fez a profissão simples.

Ordenação e Lema de vida

Foi transferido para Roma, onde viveu de 1912 a 1919. Fez a profissão solene em 1º de novembro de 1914. Ordenado sacerdote em 28 de abril de 1918. Uma sólida e segura formação espiritual abriu o espírito de frei Maximiliano a uma aguda penetração e profunda contemplação do mistério de Cristo. Estes sentimentos de fé e resoluções de zelo, que Maximiliano resume no lema: “Renovar tudo em Cristo pela Imaculada Conceição”, estão na base da instituição da “Milícia de Maria Imaculada” (MI).

Polônia e a Milícia da Imaculada

Em 1919, padre Maximilian estava de volta à Polônia onde, apesar de uma grave doença que o obrigou a permanecer durante muito tempo no sanatório de Zakopane, dedicou-se com ardor ao exercício do ministério sacerdotal e à organização da MI. Em 1919, em Cracóvia, obteve o consentimento do Arcebispo para imprimir o “Relatório de Registro” da MI e pôde recrutar os primeiros soldados da Imaculada Conceição. Em 1922, ele começou a publicação de “Rycerz Niepokalanej” (O Cavaleiro da Imaculada Conceição), a revista oficial da MI; enquanto em Roma o Cardeal Vigário aprova canonicamente a MI como uma “Pia União”.

Posteriormente, a MI encontrará cada vez mais adesões entre sacerdotes, religiosos e fiéis de muitas nações. Entretanto, na Polônia, padre Maximiliano obtém a possibilidade de instalar um centro editorial autónomo no Convento de Grodno, que lhe permite publicar “Il Cavaliere” com edição e difusão mais proveitosas para “trazer a Imaculada Conceição aos lares, para que as almas, aproximando-se de Maria, recebam a graça da conversão e da santidade”.

Expansão

Em 1927, padre Kolbe iniciou a construção de uma cidade-convento perto de Varsóvia, a que chamou “Niepokalanów” (Cidade da Imaculada Conceição). Desde o início, Niepokalanów assumiu a fisionomia de uma autêntica “fraternidade franciscana”, pela importância primordial dada à oração, pelo testemunho de vida evangélica e pela vivacidade do trabalho apostólico. Os frades, formados e orientados por padre Maximiliano, vivem em conformidade com a Regra de São Francisco, no espírito de consagração à Imaculada Conceição, e todos colaboram na atividade editorial e no uso de outros meios de comunicação social para o aumento do Reino de Cristo e a difusão da devoção à Santíssima Virgem. Padre Kolbe, autêntico apóstolo de Maria, gostaria de fundar outras “Cidades da Imaculada” em várias outras partes do mundo; mas, em 1936, ele teve de retornar à Polônia para reassumir a liderança de Niepokalanów.

Guerra

Ele acolhe refugiados, feridos, fracos, famintos, desanimados, cristãos e judeus no convento, a quem oferece todo conforto espiritual e material. Em 19 de setembro, a polícia nazista deportou o pequeno grupo de frades de Niepokalanów para o campo de concentração de Amtitz, na Alemanha, onde padre Maximiliano encorajou os irmãos a transformar a prisão em uma missão de testemunho. Todos puderam regressar livres à Niepokalanów, em dezembro. Em 17 de fevereiro de 1941, padre Maximiliano foi encarcerado na prisão de Pawiak, onde sofreu as primeiras torturas pelos guardas nazistas; e, em 28 de maio, foi transferido para o infame campo de concentração de Oswiipcim.

A presença do padre Kolbe, nos vários quarteirões do campo da morte, foi testemunha da fé do sacerdote, pronto a dar a vida pelos outros; do religioso franciscano, testemunha evangélica da caridade e mensageiro da paz e do bem para os irmãos; do cavaleiro de Maria Imaculada, que confia todos os homens ao amor da Mãe divina. Envolvido nos mesmos sofrimentos infligidos a tantas vítimas inocentes, ele reza e faz rezar, suporta e perdoa, ilumina e fortalece na fé, absolve os pecadores e infunde esperança.

Martírio

A fé o fez, com extremo entusiasmo de amor, oferecer-se livremente para substituir um irmão prisioneiro condenado, juntamente com outros nove em represália injusta, a passar fome. No bunker da morte, padre Maximiliano fez ressoar com a oração o canto da vida redimida que não morre, o canto do amor que é a única força criadora, o canto da vitória prometida à fé em Cristo. Em 14 de agosto de 1941, véspera da festa da Assunção de Maria Santíssima, faleceu com uma injeção de ácido carbônico.

A minha oração

“Ao santo amigo da Cruz e de Jesus, que destes sua vida no lugar dos inocentes e a eles dedicou-se todo o tempo, pedimos a graça de crescer nas virtudes da coragem e da defesa dos mais necessitados. Que Nosso Senhor nos eduque nesse mistério do martírio diário. Amém!”

São Maximiliano Kolbe , rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em  de Agosto:

No Hilírico, na hodierna Croácia, Santo Ursicino, mártir. († s. IV)

Em Apameia, na Síria, São Marcelo, bispo e mártir. († c. 390)

Em Roma, Santo Eusébio. († s. IV-V)

Em Ross, na Irlanda, São Facanano, bispo e abade. († s. VI)

Em Oudenburg, na Flandres, atualmente na Bélgica, o passamento de Santo Arnolfo, bispo de Soissons. († 1087)

Próximo de Montebaróccio, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Santo de Urbino Brancorsíni, irmão leigo da Ordem dos Menores. († 1390)

Em Otranto, na Apúlia, região da Itália, cerca de oitocentos santos mártires, que, constrangidos a renegar a fé durante uma incursão dos soldados otomanos, mas exortados por Santo António Primaldo, idoso tecelão. († 1480)

Em Nagasáki, no Japão, os santos mártires Domingos Ibáñes de Erquícia, presbítero da Ordem dos Pregadores, e Francisco Shoyemon. († 1633)

Em Coriano, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Isabel Rénzi, virgem, fundadora da Congregação das Piedosas Mestras de Nossa Senhora das Dores. († 1859)

Em Picassent, localidade da província de Valência, na Espanha, o Beato Vicente Rubiols Castelló, presbítero e mártir. († 1936)

Em El Saler, junto da cidade de Valência, na Espanha, o Beato Félix Yuste Cava, presbítero e mártir. († 1936)

Perto de Barcelona, também na Espanha, a Beata Maria do Patrocínio de São José (Maria de Puiggraciós Josefa Francisca Badia Flaquer), virgem da Ordem das Carmelitas e mártir. († 1936)

Fontes:

vatican.va e vaticannews.va

Martirológio Romano – liturgia.pt

Liturgia das Horas

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]

– Pesqui