Virgem Maria, exemplo de humildade

“Naquele tempo, os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. Jesus respondeu: “Credes agora? Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só.” (Jo 16,29-32a)

Meus irmãos e minhas irmãs, hoje é 13 de maio, dia também de Nossa Senhora de Fátima! Aproveito para saudar todos os nossos irmãos portugueses que acompanham a homilia aqui no nosso canal e dizer que nós estamos unidos a vocês.

O pior comportamento do discípulo é achar que ele já sabe tudo e não precisa mais aprender nada. Quando pretendemos conhecer o Senhor profundamente, Ele elimina essa nossa presunção e nos coloca em nosso lugar. Jesus disse: “Ah vocês estão convictos, estão coesos, estão unidos, tão fortes e já sabem de tudo, vai vir o momento em que vos dispersareis, cada um para o seu lado e me deixarei só”.

Jesus ensina sobre a humildade

Que banho de realidade! Que lição de humildade Jesus dá aos Seus discípulos. Hoje, a lição justamente é essa, da humildade. Para nós padres, que fizemos teologia, nós não sabemos nada ainda para os consagrados que se entregaram totalmente ao Senhor, ainda falta muito aprendizado na vivência da pobreza, da obediência e da castidade. Para os leigos, que atuam em nossas comunidades, a caminhada apenas começou, evangelizados primeiro para depois evangelizar.

Por isso, providencialmente hoje, dia de Nossa Senhora de Fátima, a humilde serva do Senhor, nós queremos aprender cada vez mais as coisas do alto, as coisas de Deus. Ainda não sabemos nada, temos muito que aprender.

A Virgem, que mesmo sendo a Mãe do Senhor, fez-se discípula dele junto com os apóstolos e no cenáculo, ela estava à espera da promessa do Paráclito para continuar a aprender sobre as coisas de Deus. Interceda por nós, Mãe de Deus, Virgem de Fátima, para que nós nunca nos deixemos tomar pela soberba ou pela presunção, mas que nos coloquemos sempre numa atitude de humildade, aprendendo, todos os dias, sobre nosso Senhor.

Sobre todos vós, por intercessão da Virgem de Fátima, abençoe-vos o Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 20

Um motivo que faça valer a pena a dor que se vive

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria. A mulher, quando deve dar à luz, fica angustiada porque chegou a sua hora, mas, depois que a criança nasceu, ela já não se lembra dos sofrimentos, por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo.” (Jo 16, 7-13).

Meus irmãos e minhas irmãs, um motivo que faça valer a pena a dor que se vive. Eu penso que essa seja a mensagem que Jesus queira nos transmitir quando Ele comparou a dor dos discípulos a uma mãe que está para dar à luz. De fato, uma dor vivida sem nenhum motivo é massacrante. Claro que Jesus não se comporta como um masoquista dizendo isso,  mas Ele quer que nós não deixemos nenhuma dor solta, desprendida de um qualquer significado. O que é que você prefere, ver a esperança no fim de uma tragédia ou afundar-se na dor que ela provocou?

Uma dor vivida sem nenhum motivo é massacrante

Não é fazer de contas que aquele fato não aconteceu, que aquela situação dolorosa não gerou em você uma ferida, lágrimas, tristeza, crise, mas é extrair o que se pode daquela situação. Certamente, os discípulos sentiram na pele a dor e o peso daquelas palavras de Jesus: “Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará”. Como assim eu choro para que outros riam? Às vezes, é dessa forma: nós nos sacrificamos por amor a outros que virão depois de mim e colherão os frutos da minha oferta.

Essa não é uma lição do primeiro dia de aula, não é mesmo! Essa não é uma lição compreensível para os recém-convertidos, mas é um nível bem avançado de cristianismo que nós devemos enfrentar sem medo.

Tenhamos calma, porque Jesus não disse essas coisas às margens do Lago de Tiberíades quando chamou Seus discípulos a segui-Lo. Vamos com calma, um passo de cada vez, porque o Senhor vai nos educando a essa forma de vida, a esse estilo de vida oblativo que se sacrifica por amor ao outro.

Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2

Jesus não abandona os seus discípulos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Agora, parto para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ‘Para onde vais?’ Mas, porque vos disse isto, a tristeza encheu os vossos corações. No entanto, eu vos digo a verdade: É bom para vós que eu parta; se eu não for, não virá até vós o Defensor; mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei. (Jo 16, 7-13)

Meus irmãos e minhas irmãs, certamente, vocês já ouviram aquele ditado: “Há males que vêm para o bem”, e é exatamente isso que é descrito no Evangelho de hoje. A partida de Jesus é, aparentemente, um mal terrível na vida dos discípulos, porém, a Sua partida produz uma nova chegada: o Defensor, o Espírito Santo! Passar de uma guarda para a outra gera sempre medo e desconfiança, mas, aqui, estamos falando de passar das mãos de Jesus para a dos Espírito Santo, passar de um Mestre a um pedagogo especializado em dizer a verdade e defender aqueles que são da verdade.

Vamos lembrar que estamos caminhando para o dia da ascensão do Senhor e sua volta ao seio da Santíssima Trindade, com a inauguração de um novo tempo, agora ordenado pelo Espírito Santo. O que os discípulos sentem nós também sentimos, quando se fala de mudança, de mudar de casa, trabalho, paróquia, coordenação, de grupo ou de comunidade, mudar de fase na vida. Em um primeiro momento, a mudança assusta, sobretudo se nós estamos afetivamente vinculados no momento presente a alguém importante, a uma atuação importante. Mas a palavra de ordem do Senhor é essa: “É bom para vós que eu parta”.

“E quando vier, Ele demonstrará ao mundo em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento.”

Nós vemos que até Cristo soube dar espaço ao Espírito Santo, até Cristo soube usar uma distância pedagógica para ajudar os seus discípulos a caminharem com as próprias pernas. E a ausência de Cristo não é uma ausência vazia, mas é um espaço para que o outro seja ele mesmo com plena liberdade. Vamos ficar bem tranquilos, porque Jesus não abandona os Seus discípulos nos momentos mais difíceis. Se tem uma coisa que Ele nunca fez foi ser antipatriota; Jesus foi sempre muito patriota em relação aos seus discípulos. E o quanto nós podemos e devemos aprender com Jesus sobre o patriotismo!

Drasticamente, um exemplo disso: recentemente, quase 2 milhões de pessoas reunidas em Copacabana para ver um show de uma artista americana pervertida, enquanto milhares dos nossos irmãos no Sul do nosso país sofrendo com as enchentes. Quase 60 milhões que foram gastos para produzir esse show, e nossos irmãos passando necessidade.

Certamente, é um alerta para todos nós, a forma de sermos cristãos, a forma de nos colocarmos na vida um dos outros. Jesus nunca abandonou os Seus discípulos! Que nós aprendamos com o Senhor e que sejamos sempre presentes na vida um dos outros.

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2

O Espírito Santo está ao seu lado e nos defende

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim, e vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo, eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada” (15,26-16,1a)

Meus irmãos e minhas irmãs, Jesus começa a falar desse Defensor. Nós estamos na sexta semana da Páscoa; daqui a pouco, nós celebraremos Pentecostes, e a própria liturgia já vai nos conduzindo para esse mistério. Jesus, falando do Defensor, quer dizer que nós vamos ter ataques à frente, e se nós precisamos de um defensor, é justamente para nos livrar desses ataques. Jesus já sabia que nós, os Seus discípulos, enfrentaríamos grandes objeções por causa da adesão ao Reino de Deus.

Dolorosamente, existe quem advoga pela injustiça, pelo crime, pelo erro, pelos poderosos, mas, com o Espírito Santo, isso não funciona. O Espírito Santo não advoga para essas realidades, Ele não advoga para quem não ama o Cristo. É uma coisa que a gente precisa pensar. O Paráclito não vem chancelar os nossos erros e pecados; Ele segue uma das coisas básicas na preparação da defesa de um acusado: “Diga-me toda a verdade, porque se o acusado não disser a verdade nem para o seu advogado, vai ficar difícil defendê-lo! A diferença é que o Espírito Santo defensor, não manipula essa verdade, Ele a confronta com a “verdade com o V maiúsculo”, para que o acusado se ajuste na vida; e se houver cometido algum erro, que ele nunca mais o cometa, que ele se converta, que ele mude.

O bonito nessa história é que, em se tratando de pecado, nós já temos a nossa sentença anulada, justamente porque Cristo  a assumiu, e Ele destruiu essa sentença cancelando a culpa que pesava sobre nós. Agora, nós temos o Espírito Santo em nós, não apenas para nos dar dons maravilhosos – e como é bom pedir ao Espírito Santo seus dons carismáticos! – ou nos fazer rezar de forma fervorosa. Nós temos o Espírito Santo ao nosso lado para nos lembrar, constantemente, quem nós somos e quem nós devemos ser, Ele nos ajuda a ser as testemunhas de Cristo em meio às contradições que o mundo nos faz.

Vamos rumo a Pentecostes, mas sabendo que o Espírito já foi derramado sobre nós, foi colocado do nosso lado, como nosso Defensor, como nosso Advogado, para que nós nunca nos percamos no caminho e na imitação de Cristo.

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2

O rosto do Pai é o que dá sentido a nossa vida

Naquele tempo, disse Jesus a Tomé: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que você diz: ‘Mostra-nos o Pai’?  (Jo  14,6-9 )

Meus irmãos e minhas irmãs, hoje, celebramos a festa dos Apóstolos: São Filipe e São Tiago. De um deles, Filipe, temos uma pergunta aparentemente tola, mas que nos rendeu uma das mais belas revelações de Cristo: “Quem me vê, vê o pai”. Às vezes, precisamos de pessoas assim quentes para nos fazer perguntas certas, porque temos coisas preciosas a partir dessa ousadia de perguntar.

O rosto do Pai é o que dá sentido a todas as coisas da nossa vida, é ele que nos faz dar sentido até aqui que, aparentemente, não tem sentido. Jesus revela que é Ele o rosto do Pai escondido há muitos séculos, não porque Deus nos quis deixar enganados, mas porque nós mesmos desfiguramos o verdadeiro rosto do Pai.

Por séculos, esse rosto foi apresentado com características que não são reais, com expressões que não diziam a Deus, e aí foi Jesus a revelar o segredo da verdadeira feição de Deus, do rosto de Deus; e foi o nosso corajoso Filipe “quem deu a cara para bater” aqui no episódio – a gente diz essa expressão no português do Brasil: “dar a cara para bater”. Parece engraçado: “Ele deu o rosto para bater e recebeu a revelação do rosto de Deus”. Às vezes, é preciso ter a coragem de se expor para ver a ação de Deus, para ver Deus responder aos nossos apelos.

Jesus revela que é Ele o rosto do Pai escondido

Ao lado de Filipe está outro Apóstolo: Tiago. Tiago era primo do Senhor, mas a sua posição parental não lhe rendeu um nepotismo de sucesso nem de poder, mas ele rendeu a espada: dar a vida por Cristo. Quanto mais perto de Jesus, menos regalias e mais amor oblativo, isso é uma verdade! São Tiago participou do Concílio de Jerusalém, inclusive, propondo algumas normas para o convívio pacífico entre os cristãos que eram provenientes do judaísmo, e os cristãos que eram pagos. Você sabe que existiu um conflito ali no começo, e de São Tiago que propôs um convívio pacífico entre eles.  Que belo testemunho de comunhão!

Como nós precisamos de exemplos nos tempos de hoje! Porque há muitos que usam o poder ou a posição que ocupam para criar regras que dividem; e nós precisamos de pessoas que unam os corações. Se somos íntimos de Cristo, como nós dizemos ser, precisamos atuar para a comunhão entre nossos irmãos, sobretudo aqueles que são bem diferentes de nós, os que pensam diferentes de nós. Por isso nos lembra São Tiago: “A fé sem obras é morta”. Não basta dizer: “Eu sou de Cristo”, precisamos demonstrar que somos de Cristo.

Peçamos a intercessão desses dois grandes apóstolos para que a nossa vida, de fato, seja uma vida cristã.

Sobre você, desça a vitória de Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo d

Voltemo-nos para o amor, que é Cristo Jesus

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor.(Jo 15,9)

Meus irmãos e minhas irmãs, “permanecer no amor de Cristo”, esse é o imperativo vital para a vida de todos nós, para a vida de todo cristão: “permanecer no amor de Cristo”. E a palavra permanecer, o verbo permanecer, diz respeito a um lugar e a um tempo, onde ficar e por quanto tempo ficar. Jesus oferece o Seu amor como um lugar onde nós podemos viver.

Você já fez a experiência de se abrigar em algum lugar num momento de tempestade, quando você precisa desse refúgio? Dá para você ter uma ideia do que Jesus esteja nos oferecendo: o Seu amor como um lugar para os momentos de tempestade da nossa vida.

Se o Seu amor é um lugar, nós precisamos ir até esse lugar, nós precisamos entrar nesse lugar, isso significa dar passos, vencer obstáculos, escolher certos caminhos que nos conduzem a ele e também abandonar outros caminhos que nos desviam desse amor. Nesses tempos, nós estamos aprendendo sobre o caminho sinodal, a caminhada sinodal; a Igreja tem vivido dentro dessa temática, e quanta coisa nós precisamos ainda aprender sobre isso! Porque vemos muitos dos nossos irmãos cristãos e até mesmo, muitas vezes, nós acabamos percorrendo outras estradas, estradas paralelas, estradas que não levam a Cristo, desvios, atalhos… Nós ainda precisamos aprender muito sobre a caminhada sinodal.

Quando se está fora do amor, a vida perde o sentido e tudo vira trevas

Se o amor é um lugar, nós precisamos também entrar n’Ele. Cristo disse que Ele é a porta, entrar por Cristo significa passar pela porta deixada por Ele. Especialmente aquela porta da Misericórdia e da Reconciliação. Experimentar o amor de Cristo, sem o sacramento da Reconciliação, é impossível. Nós precisamos do perdão de Deus, nós precisamos entrar e passar pela Sua misericórdia. Quando se está fora do Amor, a vida perde o sentido e tudo vira trevas; nós perdemos a alegria de viver e perdemos a força para continuar. Nós precisamos da experiência do amor. Por isso voltemo-nos para o amor, que é Cristo! Vamos obedecer ao mandamento de Jesus: “Permaneçamos no seu amor para que tenhamos vida, e vida em abundância.”

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Donizete Heleno Ferreira

Padre Donizete Heleno Ferreira é Brasileiro, nasceu no dia 26/09/1980, em Rio Pomba, MG. É Membro da Associação Internacional Privada de Fieis – Comunidade Canção Nova, desde 2003 no modo de compromisso do Núcleo.

AJUDE A CANÇÃO NOVA!

ABRIL

104%

DOAR

CONFIRA A EDIÇÃO ESPECIAL DA REVISTA

Pedido de Or

Receba a paz de Nosso Senhor Ressuscitado

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração (Jo 14,27)

Nós ouvimos, esses dias também, Jesus falando de não se perturbar internamente. Só que, agora, Jesus está falando algo que faz com que nós deixemos o nosso coração sereno, que é a paz. E Jesus está dizendo para nós algo importantíssimo: “Não é a paz que o mundo vos dá, mas a paz que eu vos dou”. Essa paz é capaz de acalmar toda a tempestade que nós estamos vivendo, todo mar revolto que nós podemos estar passando. Jesus, sabendo de tudo isso, por várias vezes no Evangelho, diz: “É o seguinte… Quando os discípulos estavam com medo, quando os discípulos estavam amedrontados, quando os discípulos estavam desanimados, por três vezes, Jesus chegou naquele ambiente onde eles estavam, após a sua ressurreição, e disse: “A Paz esteja convosco”. E tem um Evangelho em que Jesus fala por três vezes e depois Ele diz: “Sobre Ele soprou o Espírito Santo”.

Quem de nós não quer ter paz? Quem de nós não quer viver em paz? Meus irmãos, nós temos procurado essa paz em lugares que não vamos achar, que é nas drogas, na prostituição, no alcoolismo, na jogatina e tantas coisas que o mundo tem nos oferecido e, assim, nós vamos nos enganando, achando que ali nós vamos ter paz, vamos ter segurança. É um, engano meu irmão, é um engano, minha irmã! O demônio quer que você, realmente, acredite nisso, que o poder, o ter, o prazer vão trazer paz. É uma mentira, porque Jesus está nos falando: “A paz que eu lhe dou não é a paz que o mundo pode lhe dar, a paz que o mundo dá é passageira”.

Eu lembro que, uma vez, com 15 anos de idade, eu fui para o show de um determinado grupo sertanejo no rodeio. Eu queria muito experimentar uma paz que eu não estava tendo, eu vivia muito angustiado, deprimido, com olhar baixo… Andava nas ruas desanimado. Então, falei assim: “Eu vou para aquele show, porque ali eu vou encontrar a paz”, e realmente eu fui. Era um grupo que eu gostava, na verdade, uma dupla sertaneja que eu gostava. Ali, meu irmão, minha irmã, quando ela [a dupla] entrou, aquela euforia, alegria! Mas, depois de tudo aquilo, depois de dançar, de estar ali com as mulheres, eu voltei para a minha casa 5 horas da manhã. Quando eu cheguei, deitei, coloquei a cabeça no travesseiro, mas uma angústia tomava o meu coração, eu não fui para ser feliz, eu estava feliz naquele dia, mas, quando eu cheguei em casa, aquilo acabou, passou.

Não é a paz que o mundo lhe dá, mas a paz que eu vos dou

No dia 27 de setembro do ano de 2000, quando eu tinha 17 anos de idade, eu encontrei a verdadeira paz num grupo de oração, na Comunidade Cordeiro de Deus. Ali, eu fiz uma experiência com o Espírito Santo e encontrei a verdadeira felicidade.

Eu quero dizer para você que já são 23 anos, e essa paz continua dentro de mim; essa paz, até hoje, não passou, e mesmo sofrendo, mesmo passando por angústia, mesmo passando por enfermidade, essa paz continua dentro de mim, porque não é a paz que o mundo me dá, mas a paz que Cristo me dá.

Eu fiz uma experiência pessoal com Cristo, e por isso posso afirmar para você: são 23 anos de muita luta e de muita paz também, porque a paz vem d’Ele, de Nosso Senhor, do Ressuscitado. Se você está vivendo angústias, está desanimado, quero dizer para você: Que Jesus lhe dê, agora, a Sua paz e que você faça um encontro pessoal com Ele! Que sua vida seja mudada e que Deus o abençoe.

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de comp

Viva uma vida no Espírito para amar Jesus

“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.  Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.  Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.” (João 6,52-59)

Amados irmãos e irmãs, o padre Jonas, na Canção Nova, sempre priorizou para a comunidade o batismo no Espírito Santo. Por quê? Porque é pelo batismo no Espírito que a vida nova é enxertada em nós. Nós falamos, no dia de ontem, de permanecer na videira. Mas quem faz crescer isso em nós? O Espírito de Deus. Por isso Jesus está dizendo para nós: O Defensor, o Espírito Santo, Paráclito, vai fazer com que nós recordemos tudo aquilo que são os mistérios de Deus para nós.

Por isso, meu irmão, minha irmã, só amaremos a Deus, e só guardaremos a Palavra de Deus se formos cheios do Espírito Santo. Por quê? Porque a própria Palavra, através do apóstolo Paulo, diz que é o Espírito que vem em auxílio das nossas fraquezas, é o Espírito Santo que nos convence de nossos pecados; e se nós vivermos uma vida no Espírito, nós vamos amar a nosso Senhor, nós vamos guardar a Sua Palavra; e não somente guardá-la, mas também vivê-la, que é o mais importante. Porque quem guarda rumina, medita, interioriza e depois age.

É assim que nós devemos viver nos tempos de hoje, onde tudo está invertido, os valores do Evangelho estão sendo invertidos. E se nós não formos homens do Espírito Santo, não teremos a capacidade de ir na contramão que o mundo hoje nos oferece. Nós estamos, meus irmãos, como cristãos indo na contramão, e isso é algo difícil de lidar. Mas se nós formos cheios do Espírito Santo, Ele vai nos recordar que o Pai e o filho estão conosco, caminham conosco.

Quanto mais nós nos aproximarmos da luz, mas nós vamos nos afastar das trevas, mas sem o Espírito Santo, isso não é possível.

Por isso, meu irmão, minha irmã, quem não ama e não guarda a Palavra de Deus se perde facilmente. É o que nós estamos vivendo nos tempos de hoje, um esfriamento dentro da Igreja Católica, mas não só da Igreja, mas em diversos ramos de outras religiões, por não se guardar mais a Palavra de Deus, não se guarda mais os Seus mandamentos, não se faz mais aquilo que é a vontade de Deus. Estamos procurando os nossos próprios interesses, estamos procurando os nossos próprios prazeres, e isso está obscurecendo a nossa consciência, a nossa fé, o relativismo que está entrando na Igreja, está entrando no coração dos cristãos. “Ah isso é pecado! Isso não é pecado!”. Vamos relativizando até mesmo o que é o pecado, e isso vai nos levando para a mentira, vai nos levando para as trevas, para a escuridão.

Meu irmão, minha irmã, quanto mais nós nos aproximarmos da luz, mais nós vamos nos afastar das trevas, mas sem o Espírito Santo isso não é possível. Peça ao Senhor, hoje, esta graça, seja um homem cheio do Espírito Santo, seja uma mulher cheia do Espírito Santo de Deus, porque assim o Espírito vai nos recordar, é Ele que vai nos defender, é Ele que vai nos dar coragem, força, parresia, intrepidez. É Ele que vai nos dar o impulso para quando nós formos questionados pelos valores em que acreditamos. O Espírito Santo vai nos dar palavras acertadas, porque é isso que Jesus está nos falando no final deste Evangelho, o Espírito vai nos recordar tudo aquilo que nós devemos falar, a forma que devemos agir e como devemos proceder.

Eu quero pedir ao Senhor essa graça nesse momento de reflexão, dessa homilia, seja cheio do Espírito Santo de Deus, para que o Espírito Santo o leve a conformar-se com uma vida cristã verdadeira e autêntica.

Que Deus o abençoe, que Deus o guarde. Que Deus o ilumine.

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

A

Jesus é o unico que pode nos trazer felicidade plena

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. (João 6,54)

Percebe, meu irmão, que toda a liturgia que nós temos visto neste tempo pascal fala de Ressurreição e vida eterna, fala que Jesus é Aquele que pode nos trazer a felicidade plena. Parece que [a homilia] está sendo repetitiva, mas é o que Jesus quer deixar acentuado, pois Ele, e somente Ele, pode nos dar a vida eterna, somente Ele pode nos ressuscitar no último dia.

Então, eu percebo, meu irmão, que a liturgia quer frisar, no nosso coração, isto: Ele é o essencial para a nossa vida, e essa é a palavra que eu quero trazer para você. Quanto mais nós nos tornamos íntimos de Cristo, mais compreendemos os mistérios insondáveis do Reino dos Céus. Porque quando Jesus fala “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna”, Ele está dizendo da nossa união com Ele, da nossa intimidade com Ele. E como nós fazemos isso, meu irmão, minha irmã? Por meio da oração.

Quero citar um livro de Santo Afonso Maria De Ligório que se chama ‘A oração’. Ele diz assim para nós: “Quem reza se salva, quem não reza se condena”. O que quer dizer isso, meu irmão, minha irmã? Que somente pela oração podemos nos unir a Deus.

Qual é a centralidade do coração desta liturgia, deste Evangelho de hoje? Quanto mais formos íntimos de Deus, mais conheceremos os Seus mistérios. Ficamos até mesmo depressivos, às vezes dizendo: mas eu vou, vou e vou à Missa; rezo, rezo, rezo e nada acontece…

Será que você está rezando direito? São Tiago diz assim: Quem pede e não recebe é porque tem pedido mal, ou seja, tem rezado mal. Não tem como uma pessoa, que é íntima d’Ele, continuar a mesma pessoa e não produzir fruto nenhum, e frutos de vida eterna! Meu irmão, minha irmã, Jesus está nos falando que Ele deve ser o centro da nossa vida. Tudo que nós formos fazer, nós precisamos fazer como Ele no centro de tudo.

Somente Ele pode nos dar a vida eterna, somente Ele pode nos ressuscitar no último dia

Eu já contei, em algumas homilias, mas quero trazer aqui para você entender como nós, que temos essa intimidade com Cristo, o que isso impacta em nós. Impacta que nós vamos ter mais fé, vamos ser mais próximos d’Ele, e tudo o que fizermos, vamos fazer por Ele.

Quando eu tinha 17 anos, eu tinha o sonho de todo jovem: tirar carteira de motorista. Só que eu era ruim de volante, e mesmo fazendo as aulas, errava as balizas, trocava as marchas. Eu disse: agora, no dia da prova, não vou conseguir fazer. Mas porque eu era um homem de oração – e, com toda a humildade, continuo um homem de oração –, senti, no meu coração, de acordar às três horas da madrugada e, ali, rezar para o dia da minha prova, que seria às sete horas da manhã. Quando meu irmão, minha irmã, eu fui para o meu quarto e rezei, eu pedi ao Senhor: “Senhor, controla os meus sentimentos, controla os meus afetos, controla as minhas emoções”; e fui rezando para Jesus dessa forma. Quando eu cheguei para fazer as provas, primeiro, foram os que estavam comigo à frente, e eu fui o último. Fiz uma baliza excelente! Estacionei o carro de forma excelente e, quando eu saí do carro, o instrutor me disse: “Olha, eu não sei o que aconteceu com você, mas a sua prova foi impecável”.

Por que eu estou trazendo um testemunho simples como esse? Porque aquele que se une a Cristo, aquele que coloca a sua confiança n’Ele, até mesmo as dificuldades do dia a dia, vai superá-las, porque Cristo está conosco. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna”, ou seja, tem a vida em plenitude, seja de forma material, seja de forma espiritual, nada vai nos faltar.

Esse testemunho que eu dei na homilia, várias pessoas mandaram para mim dizendo: “Padre, eu vi o seu testemunho. Não conseguia tirar a carteira, mas vim testemunhar que eu consegui tirar minha carteira”. Meu irmão, minha irmã, o nosso testemunho em Deus pode impactar outras pessoas! E até mesmo pessoas de 65 anos de idade tiraram a carteira de motorista. Quem tem fé em Cristo tem a vida eterna!

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

AJ

Aceitemos Jesus como o Senhor da vida

“Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede.” (João 6,35)

Amados irmãos e irmãs, que maravilha poder escutar isso do próprio Jesus: “Eu sou o pão da vida, quem vem a mim não terá mais fome, quem crê em mim nunca mais terá sede”. O importante, meu irmão, deste Evangelho, é que todos ouviram Jesus e todos escutaram o seu Evangelho.

Só que existem duas coisas importantes: aqueles que aceitaram Jesus na sua vida, e aqueles que rejeitaram Jesus na sua vida. Quem aceita Jesus muda a vida, muda o seu jeito de falar, suas atitudes, o seu modo de tratar as pessoas. Quem não acolhe Jesus e quem O rejeita é aquele que vai arrumar pretexto para continuar na mesma vidinha, na vida velha.

Jesus está dizendo: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede”. O que significa isso? Aceitação, adesão a Cristo como único Senhor, único Salvador, e é isso que a liturgia vem nos trazer no dia de hoje, aceitar Jesus como Senhor da nossa vida. É o senhorio de Jesus, porque, meus irmãos, quando nós trazemos isso de forma concreta na nossa vida, tornamo-nos pessoas melhores. Se eu era uma pessoa irritada, não serei mais, e vou controlar isso; se eu tenho o costume de ter atitudes mundanas pagãs, quando eu encontro Jesus e O aceito na minha vida, isso já não mais comporta a minha pessoa, que segue Cristo, que é batizado, cheio do Espírito Santo. Isso, meu irmão, minha irmã, precisa ser o termômetro para dizer se você vive uma vida em Deus ou não quando as atitudes são tocadas pela graça de Deus. Por isso, Jesus está afirmando: “Eu sou o pão da vida, quem crê em mim não terá mais sede, não terá mais fome, mas terá a vida eterna”. Olha como isso é forte, como isso precisa transformar o nosso coração!

Jesus é o pão da vida, é aquele que pode saciar o nosso coração

Eu mesmo, meu irmão, minha irmã, eu era uma pessoa que ninguém queria ficar perto, eu era uma pessoa chata demais, porque não tinha a presença real de Cristo na minha vida, e onde eu chegava, as pessoas saíam de perto, porque pensavam: “Ah, vem lá o Ricardo, chato, que fica murmurando, que fica reclamando, o que fica falando mal das pessoas, que é mentiroso”. Mas quando eu tive a minha vida tocada pela graça de Deus, eu comecei a agregar as pessoas para perto de mim. Antigamente, antes de conhecer Jesus, eu afastava as pessoas de mim; agora, conhecendo Jesus com o meu testemunho, com meu jeito de falar, com meu jeito de olhar, com meu jeito de tratar as pessoas, tudo foi mudando.

Percebe-se que quem aceita Jesus e quem O traz para sua vida, tem as suas atitudes transformadas pela graça de Deus. Por quê?  Porque Ele é o Pão da vida, Ele é Aquele que pode saciar o nosso coração. Aquele jovenzinho, antes de conhecer Jesus no ano de 2000, procurava ter uma vida que agradasse as pessoas, queria ser visto por elas. Mas quando eu me encontrei com Jesus e escutei isso d’Ele, que Ele é o pão da vida, que poderia saciar toda a fome e sede que havia no meu coração, tudo mudou.

Agora, meu irmão, minha irmã, a minha esperança e a minha confiança são todas depositadas n’Ele, por isso, hoje, eu posso dizer que sou uma pessoa nova!

Hoje, você pode dizer também que aceita Jesus na sua vida? Pode dizer: Ele também me transformou numa pessoa nova! Que Deus lhe dê essa graça, e que Ele lhe dê essa força para aceitá-lo como Senhor e Salvador da sua vida.

Sobre você, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

AJ