Primeira Leitura (1Jo 2,18-21)

Primeira Leitura (1Jo 2,18-21)

Leitura da Primeira Carta de São João.

18Filhinhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que o Anticristo virá. Com efeito, muitos anticristos já apareceram. Por isso, sabemos que chegou a última hora. 19Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco.

Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos. 20Vós já recebestes a unção do Santo, e todos tendes conhecimento. 21Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 95(96),1-2.11-12.13 (R. 11a)

Responsório Sl 95(96),1-2.11-12.13 (R. 11a)

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— O céu se rejubile e exulte a terra!

— Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação.

— O céu se rejubile e exulte a terra, aplauda o mar com o que vive em suas águas; os campos com seus frutos rejubilem e exultem as florestas e as matas.

— Na presença do Senhor, pois ele vem, porque vem para julgar a terra inteira. Governará o mundo todo com justiça, e os povos julgará com lealdade.

Evangelho (Jo 1,1-18)

Evangelho (Jo 1,1-18)

— Aleluia, aleluia, aleluia.

— A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram. (Jo 1,14a.12a)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio, estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele, João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Tome posse do Cristo que veio habitar entre nós

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio, estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la” (João 1,1-5).

Estamos no 7º dia da Oitava de Natal, ainda é Natal, ainda comemoramos o Natal de Nosso Senhor. E o Evangelho fala desta vinda do Cristo até nós, o Verbo, a Palavra, mas que já existia antes da criação do mundo.

Se lá no Livro do Gênesis, temos a descrição do nascimento, da criação, temos, no Evangelho de João, a descrição de um novo nascimento, de uma nova criação. É claro, São João Evangelista e Apóstolo era um teólogo, então, ele apresentou aqui o Verbo, a Palavra que veio habitar no meio de nós, que veio nos alimentar, que veio ser luz e que é luz, e que estava desde o princípio.

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus. Ou seja, a Palavra era Cristo, o Verbo estava com Deus, era Deus, é Deus. No princípio, ela estava com Deus, tudo foi feito pela Palavra para o Verbo, e o Verbo veio e habitou entre nós.

Tomemos posse de Cristo Jesus, da salvação, do Verbo que se encarnou

E nós comemoramos isso, meus irmãos: o Verbo que se fez carne e que veio habitar no meio de nós. E Ele veio até nós não para nos humilhar, mas para nos salvar. Ele veio ao encontro da nossa pequenez, da nossa pobreza, para nos enriquecer com a Sua glória. Ele (o Santo) veio até nós para nos santificar, porque éramos pecadores, estávamos nas trevas.

Minha gente, é este o grande mistério do Natal que nós continuamos a comemorar. A vinda do Cristo até nós já é salvação. Tomemos posse de Cristo Jesus, da salvação, do Verbo que se encarnou. Tomemos posse desse Cristo que é luz, desse Cristo que nos alimenta, que nos sacia e salva.

Ao mesmo tempo, o Senhor conta conosco para que nós também sejamos luz neste mundo. Ele veio até nós, mas não devemos cruzar os braços e pronto — “Ele já veio”, “Já O recebi no Natal, no sacramento da Eucaristia, nos outros sacramentos”. Mas devemos fazer essa luz brilhar a outras pessoas.

O Natal continua a acontecer, e que continue a acontecer através de mim e de você! Que o Natal continue a acontecer cada vez que nós realizarmos o bem, cada vez que nós partilhamos o pão. Cada vez que nós tivermos paciência com alguém, perdoarmos alguém, o Natal estará acontecendo.

Que o Natal aconteça todos os dias. Façamos o Natal acontecer todos os dias vivendo a santidade, vivendo a Palavra de Deus e sendo luz neste mundo.

A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Márcio Prado

Sacerdote da C

São Silvestre I, o Papa que “recebeu” a Igreja de Constantino

Papa

Origens

São Silvestre I apagou-se ao lado de um Imperador culto e ousado como Constantino, o qual, mais do que o servir, teria, antes, servido – se dele, da sua simplicidade e humanidade, agindo por vezes como verdadeiro Bispo da Igreja, sobretudo no Oriente, onde recebeu o nome de Isapóstolo, isto é, igual aos apóstolos.

A Intromissão de Constantino

Na realidade, nos assuntos externos da Igreja, o Imperador considerava-se acima dos próprios Bispos, o Bispo dos Bispos, com inevitáveis intromissões nos próprios assuntos internos, uma vez que, com a sua mentalidade ainda pagã, não estava capacitado para entender e aceitar um poder espiritual diferente e acima do civil ou político.

A prudência de São Silvestre I

E, talvez, São Silvestre I, na sua simplicidade, tivesse sido o Papa ideal para a circunstância. Outro Papa mais exigente, mais cioso da sua autoridade, teria irritado a megalomania de Constantino, perdendo a sua proteção. Ainda estava muito viva a lembrança dos horrores que passara a Igreja no reinado de Diocleciano, e São Silvestre I, testemunha dessa perseguição que ameaçou subverter por completo a Igreja, preferiu agradecer este dom inesperado da proteção imperial e agir com moderação e prudência.

São Silvestre I, 33º Papa da Igreja Católica

Medida exorbitante de Constantino

Constantino terá certamente exorbitado. Mas isso ter-se-á devido ao desejo de manter a paz no Império, ameaçada por dissensões ideológicas da Igreja, como na questão do donatismo que, apesar de já condenado no pontificado anterior, vê-se de novo discutido, em 316, por iniciativa sua.

Agitação de Ario

Dois anos depois, gerou-se nova agitação doutrinária mais perigosa, com origem na pregação de Ario, sacerdote alexandrino, que negava a divindade da segunda Pessoa e, consequentemente, o mistério da Santíssima Trindade. Constantino, inteirado da agitação doutrinária, manda mais uma vez convocar os Bispos do Império para dirimirem a questão. Sabemos pelo Liber Pontificalis, por Eusébio e Santo Atanásio, que o Papa dá o seu acordo e envia, como representantes seus, Ósio, Bispo de Córdova, acompanhado por dois presbíteros. Ele, como dignidade suprema, não se imiscuiria nas disputas, reservando-se à aprovação do veredito final. Além disso, não convinha parecer demasiado submisso ao Imperador.

Heresia de Ario

Foi o primeiro Concílio Ecumênico (universal) que reuniu em Niceia, no ano 325, mais de 300 Bispos, com o próprio Imperador a presidir em lugar de honra. Os Padres conciliares não tiveram dificuldade em fazer prevalecer a doutrina recebida dos Apóstolos sobre a divindade de Cristo, proposta energicamente pelo Bispo de Alexandria, Santo Atanásio. A heresia de Ario foi condenada sem hesitação; e a ortodoxia trinitária ficou exarada no chamado Símbolo Niceno ou Credo, ratificado por São Silvestre I.

O final de um grande Pontificado

Inauguração de Constantinopla

Constantino, satisfeito com a união estabelecida, parte no ano seguinte para as margens do Bósforo onde, em 330, inaugura Constantinopla, a que seria a nova capital do Império, eixo nevrálgico entre o Oriente e o Ocidente, até a sua queda em poder dos turcos otomanos em 1453.

Doação Constantiniana

Data dessa altura a chamada doação constantiniana, mediante a qual o Imperador entrega à Igreja, na pessoa de São Silvestre I, a Domus Faustae, Casa de Fausta, sua esposa, ou palácio imperial de Latrão (residência papal até Leão XI), junto ao qual se ergueria uma grandiosa basílica de cinco naves, dedicada a Cristo Salvador e, mais tarde, a São João Batista e São João Evangelista (futura e atual catedral episcopal de Roma, S. João de Latrão). Mais tarde, doaria igualmente a própria cidade.

Páscoa

Depois de um longo pontificado (de 314 a 335), cheio de acontecimentos e transformações profundas na vida da Igreja, morre São Silvestre I, no último dia do ano 335, dia em que a Igreja venera a sua memória. São Silvério foi sepultado no cemitério de Priscila. Os seus restos mortais foram transladados por Paulo I (757-767) para a igreja erguida em sua memória.

Minha oração

“Ó grande defensor da fé, ilustre sábio da doutrina, defendei o povo fiel do mal das heresias, das mentalidades mundanas e de tudo o que nos circunda contra os valores humanos. Te rogamos a lucidez da doutrina e a graça de amar o Deus verdadeiro e servir a única Igreja. Amém.”

São Silvestre I, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 31 de dezembro

Também em Roma, no cemitério dos Jordanos, junto à Via Salária Nova, as santas Donata, Paulina, Rogata, Dominanda, Serótina, Saturnina e Hilária, mártires. († data inc.)

Em Sens, na Gália Lionense, atualmente na França, Santa Colomba, virgem e mártir. († s. IV)

Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Zótico, presbítero, que se dedicou a providenciar o sustento dos órfãos. († s. IV)

Em Jerusalém, Santa Melânia a Jovem, que, com seu esposo São Piniano, deixou Roma e partiu para a Cidade Santa. († 439)

Em Ravena, na Flamínia, hoje na Emília-Romanha, São Barbaciano, presbítero. († s. V)

Em Lausana, no território dos Helvécios, na hodierna Suíça, São Mário, bispo. († 594)

Em La Louvesc, localidade situada nos montes próximos de Le Puy-en-Vélay, na França, São João Francisco de Règis, presbítero da Companhia de Jesus.(† 1640)

Na fortaleza de Mercués, perto de Cahors, na França meridional, o passamento do Beato Alano de Solminihac, bispo de Cahors. († 1659)

Em Paris, na França, Santa Catarina Labouré, virgem das Filhas da Caridade, que venerou de modo singular a Imaculada Mãe de Deus. († 1876)

Em Cágliari, na Sardenha, região da Itália, a Beata Josefina Nicoli, virgem das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. († 1924)

Fonte:

Livro “Um santo para cada dia” – Mário Sgarbossa – Luigi Giovannini [Paulus, Roma, 1978]

Livro “Santos de cada dia” – José Leite, SJ [Editorial A.O. Braga, 2003]

Martirológio Romano

Vatican.va

– Produção e edição:  Melody de Paulo

– Oração:

Primeira Leitura (Eclo 3,3-7.14-17a)

Primeira Leitura (Eclo 3,3-7.14-17a)

Leitura do Livro do Eclesiástico.

3Deus honra o Pai nos filhos e confirma, sobre eles, a autoridade da mãe. 4Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração cotidiana. 5Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. 6Quem honra o seu pai, terá alegria com seus próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. 7Quem respeita o seu pai, terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. 14Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. 15Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita ao teu pai não será esquecida, 16mas servirá para reparar os teus pecados 17ae, na justiça, será para tua edificação.

— Palavra do Senhor.

— Graças a Deus!

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (Cl 3,12-21)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:

Irmãos: 12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também.

14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.

15Que a paz reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.

16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças.

17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.

18Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.

19Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.

20Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.

21Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 127(128),1-2.3.4-5 (R. cf. 1)

Responsório Sl 127(128),1-2.3.4-5 (R. cf. 1)

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

— Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

— Feliz és tu, se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

— A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

— Será assim abençoado todo homem/ que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.

Evangelho (Mt 2,13-15.19-23)

Evangelho (Mt 2,13-15.19-23)

— Aleluia, aleluia, aleluia!

— Que a paz de Cristo reine em vossos corações e ricamente habite em vós sua palavra! (Cl 3,15a.16a)

— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

13Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”.

14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe, e partiu para o Egito.

15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu Filho”.

19Quando Herodes morreu, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, 20e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe, e volta para a terra de Israel; pois aqueles que procuravam matar o menino já estão mortos”.

21José levantou-se, pegou o menino e sua mãe, e entrou na terra de Israel. 22Mas, quando soube que Arquelau reinava na Judeia, no lugar de seu pai Herodes, teve medo de ir para lá. Por isso, depois de receber um aviso em sonho, José retirou-se para a região da Galileia, 23e foi morar numa cidade chamada Nazaré. Isso aconteceu para se cumprir o que foi dito pelos profetas: “Ele será chamado Nazareno”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Tenha a Sagrada Família como modelo de comunhão com Deus

“Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: ‘Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo’” (Mateus 2,13).

Hoje, comemoramos a Sagrada Família: Jesus, Maria e José. A Igreja nos apresenta essa festa porque, de fato, precisamos rezar pelas nossas famílias que têm sido atacadas, que têm sido alvo de destruição, de rixas, às vezes, até mesmo de ódio da família.

E, ao olharmos para a Família de Nazaré, contemplemos também a nossa família. Ao olharmos para a Família de Nazaré, nós conseguimos verificar quantas lutas para que eles permanecessem unidos.

Jesus, até mesmo menino, foi perseguido. Por quê? Porque Herodes queria matá-Lo, e José foi avisado em sonho para fugir para o Egito. Assim se cumpria também a profecia: “Do Egito chamei o meu Filho”.

Ao olharmos para a Sagrada Família, percebamos ali a comunhão que havia entre eles

No Antigo Testamento, no Livro do Gênesis, nós temos José que salvou o seu povo também porque estava lá no Egito — o Egito mais uma vez protegeu Nosso Senhor. Protegeu José do Egito e seus irmãos, protegeu também Jesus e a Família de Nazaré.

Peçamos ao Senhor que continue a proteger as nossas famílias, a cuidar das nossas famílias. Que, ao olharmos para a Sagrada Família, percebamos ali a comunhão que havia entre eles. Maria não excitou em acompanhar José que tinha tido um sonho.

José, profundamente dócil e obediente ao Pai, disse: “Vamos fugir para o Egito”; e foram; depois, o Anjo avisou: “Olha, pode voltar”, e eles voltaram. Depois, o Anjo de novo disse: “Olha, pode sair porque Arquelau também quer matar o menino, está perseguindo”, e assim José também foi para a Galileia, foi para Nazaré, também se cumprindo a profecia: “Ele será chamado Nazareno”.

A Sagrada Família é modelo para nós de união, de unidade; a Sagrada Família é modelo para nós de sintonia com Deus; de partilha e de entendimento. José recebeu a visita do Anjo que falou que era para ir para cá e para lá, e Maria acolheu.

Havia, então, uma comunhão, claro, de José com o Pai, com Deus; de Maria com o Pai, porque Ela também aceitou o plano da salvação, e os dois também tinham um entendimento. Havia ali uma uma comunhão entre eles. Que bonito! Será que nós não precisamos viver também em comunhão dentro da nossa família? Será que cada um não precisa também ter comunhão com Deus?

Que as nossas famílias sejam abençoadas! E serão abençoadas, se cultivarem a comunhão com Deus e a comunhão uns com os outros. Que a Sagrada Família de Nazaré possa interceder por nós e possa nos abençoar, para que vivamos a santidade na comunhão com Deus e na comunhão com os irmãos.

A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!

 

Padre Márcio Prado

Sacerdote da C

Sagrada Família, um modelo para a atualidade

Festa

Origem

As origens da festa litúrgica remontam ao século XVII. Em 1895, Leão XIII fixou a celebração no terceiro domingo depois da Epifania; Bento XV, em 1921, colocou-o na oitava da Epifania; e, atualmente, a reforma litúrgica de 1968 fixou-o no domingo depois do Natal.

Nomenclatura

A “sagrada família”, como o nome sugere, é “sagrada” e “única” ao mesmo tempo. “Santo” porque cada um dos seus componentes é santo: o Menino é Santo por natureza; a Mãe é santa por privilégio; e José é justo pela graça.

 

A Santidade

A santidade de toda a família é dada pela soma da santidade desigual de cada componente individual. “Única” porque historicamente não houve outra família igual nem jamais haverá a mesma. E isso pelo simples fato de que cada membro de uma mesma família, como pessoa, não é apenas único e irrepetível, mas também exclusivo, pois a predestinação absoluta de Cristo e Maria é uma e única, e a santidade de José é declarada oficialmente a partir de Deus.

Sagrada Família: contemplemos a casinha de Nazaré

Empenho da família

O Natal já nos mostrou a Sagrada Família reunida na gruta de Belém, mas hoje somos convidados a contemplá-la na casinha de Nazaré, onde Maria e José se empenham em fazer crescer dia após dia o menino Jesus. (os artistas muitas vezes o faziam) em mil situações e atitudes, colocando a Santíssima Virgem ao lado de seu Menino em primeiro plano, ou o bom São José na carpintaria onde a criança também aprende o trabalho humano, brincando. Assim, as famílias são chamadas a realizar o mesmo para com Deus e seus filhos.

Amor e culto a Deus

Podemos intuir também o imenso acontecimento que se realiza em Nazaré: poder amar a Deus e amar o próximo com um único gesto indivisível! Com efeito, para Maria e José, o Menino é o seu Deus e o seu próximo mais querido. Foi, portanto, em Nazaré que os atos mais sagrados (rezar, conversar com Deus, ouvir a sua Palavra, entrar em comunhão com ele) coincidiam com as expressões coloquiais normais que toda mãe e todo pai dirigem ao filho.

Neste dia, somos convidados a refletir sobre a nossa família

O início da história de todas as famílias cristãs

Foi em Nazaré que os “atos de culto devidos a Deus” (os mesmos que entretanto se celebravam no grandioso templo de Jerusalém) coincidiram com os habituais cuidados com que Maria vestiu o Menino Jesus, lavou-o, alimentou-o, entregou-se a seus jogos. Foi então que começou a história de todas as famílias cristãs, para as quais tudo (os afetos, os acontecimentos, a matéria da vida) pode ser vivido como sacramento: verdadeiro sinal e antecipação de um amor infinito.

Exemplos para as famílias atuais

Certamente, a passagem da “sagrada família” à família humana é muito delicada e complexa. O primeiro serve de exemplo para toda família que deseja inspirar-se no desígnio autêntico de Deus. Um exemplo que se adapta a cada Personagem: a Cristo, autor da Vida e do Amor, a Maria, a primeira discípula e a José, o primeiro seguidor de Maria. A família, em si mesma, constitui o núcleo vital da sociedade e da comunidade eclesial. No entanto, tudo depende da fé na sacramentalidade do matrimônio que os esposos devem reconhecer, aceitar, amar e permanecer fiéis a ela.

É preciso escolher o amor

A Escolha

Hoje, parece que justamente esta característica específica está em crise, para que uma nova evangelização ajude o povo de Deus nesta recuperação. Seria desejável que os esposos tivessem sempre claro na escolha do amor o belo pensamento do Concílio Vaticano II: “a família é o lugar onde as diversas gerações se encontram e se ajudam mutuamente para alcançar uma sabedoria humana mais completa e harmonizar as direitos da pessoa com as demais necessidades da vida social…” (GS 52). Para alcançar esta nobre meta espiritual de natureza cristocêntrica, o Concílio continua: Esta é uma parte do mistério da Sagrada Família.

Minha oração

“Ó Sagrada Família de Nazaré, ali Deus foi amado e cultuado com os mais altos louvores, dai a nós por tua intercessão o mesmo amor e cuidado com Deus. Ao mesmo tempo, rogamos ao Pai celeste que derrame nas nossas famílias graças especiais a fim de vivermos para transformar a sociedade através do testemunho e exemplo. Amém.”

Sagrada Família, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 30 de dezembro

Em Roma, no cemitério de Calisto, junto à Via Ápia, o sepultamento de São Félix I, papa, que regeu a Igreja Romana no tempo do imperador Aureliano. († 274)

Em Vidin, na Mésia, na hodierna Bulgária, Santo Hermes, exorcista e mártir. († s. III/IV)

Comemoração de Santo Anísio, bispo de Tessalónica. († c. 406)

Em Tours, na Gália Lionense, na hodierna França, São Perpétuo, bispo, que edificou a basílica de São Martinho e muitas outras em honra dos Santos, e regulamentou na sua Igreja a prática dos jejuns e das vigílias. († 491)

Em Aosta, nos Alpes Graios, território da Itália, São Jucundo, bispo. († c. 502)

Em Flay, na região de Beauvais, na Nêustria, atualmente na França, São Geremaro, abade do mosteiro deste lugar por ele fundado. († c. 658)

Em Evesham, na Inglaterra, Santo Egvino, bispo, que fundou o mosteiro deste lugar. († 707)

Na região dos Vestinos, hoje nos Abruzos, região da Itália, São Rainério, bispo de Forcone. († 1077)

Em Canne, na Apúlia, também na Itália, São Rogério, bispo. († s. XII)

Em Frazzanó, povoação da Sicília, região da Itália, São Lourenço, monge segundo a observância dos Padres orientais. († c. 1162)

Em Palestrina, no Lácio, também região da Itália, a Beata Margarida Collona, virgem. († 1280)

Em Génova, na Ligúria, também região da Itália, a Beata Eugénia Ravasco, virgem, que fundou o Instituto das Irmãs Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria. († 1900)

Em Pancaliéri, localidade próxima de Turim, na Itália, o Beato João Maria Boccardo, presbítero, que fundou a Congregação das Irmãs Pobres Filhas de São Caetano. († 1913)

Fonte:

Martirológio Romano

Vaticannews.va

Vatican.va

Santiebeati.it

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e