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Leitura do Segundo Livro dos Reis

1 Quando Atália, mãe de Ocozias, soube que o filho estava morto, pôs-se a exterminar toda a família real. 2 Mas Josaba, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, raptou o filho dele, Joás, do meio dos filhos do rei, que iriam ser massacrados, e colocou-o, com sua ama, no quarto de dormir. Assim, escondeu-o de Atália e ele não foi morto. 3 E ele ficou seis anos com ela, escondido no templo do Senhor, enquanto Atália reinava no país. 4 No sétimo ano, Joiada mandou chamar os centuriões dos quereteus e da escolta, e introduziu-os consigo no templo do Senhor. Fez com eles um contrato, mandou que prestassem juramento no templo do Senhor e mostrou-lhes o filho do rei. 9 Os centuriões fizeram tudo o que o sacerdote Joiada lhes tinha ordenado. Cada um reuniu seus homens, tanto os que entravam de serviço no sábado, como os que saíam. Vieram para junto do sacerdote Joiada, 10 e este entregou aos centuriões as lanças e os escudos de Davi, que estavam no templo do Senhor. 11 Em seguida, os homens da escolta, de armas na mão, tomaram posição a partir do lado direito do templo até ao esquerdo, entre o altar e o templo, em torno do rei. 12 Então Joiada apresentou o filho do rei, cingiu-o com o diadema e entregou-lhe o documento da Aliança. E proclamaram-no rei, deram-lhe a unção e, batendo palmas, aclamaram: “Viva o rei!” 13 Ouvindo os gritos do povo, Atália veio em direção da multidão no templo do Senhor. 14 Quando viu o rei de pé sobre o estrado, segundo o costume, os chefes e os trombeteiros do rei junto dele, e todo o povo do país exultando de alegria e tocando as trombetas, Atália rasgou suas vestes e bradou: “Traição! Traição!” 15 Então o sacerdote Joiada ordenou aos centuriões que comandavam a tropa: “Levai-a para fora do recinto do templo e, se alguém a seguir, seja morto à espada”. Pois o sacerdote havia dito: “Não seja morta dentro do templo do Senhor”. 16 Agarraram-na e levaram-na aos empurrões pelo caminho da porta dos Cavalos até ao palácio, e ali foi morta. 17 Em seguida, Joiada fez uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, pela qual este se comprometia a ser o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo. 18 Todo o povo do país dirigiu-se depois ao Templo de Baal e demoliu-o. Destruíram totalmente os altares e as imagens e mataram Matã, sacerdote de Baal, diante dos altares. E o sacerdote Joiada pôs guardas na casa do Senhor. 20 Todo o povo do país o festejou e a cidade manteve-se calma.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 131(132),11.12.13-14.17-18 (R. 13)

Responsório Sl 131(132),11.12.13-14.17-18 (R. 13)

— O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.

— O Senhor preferiu Jerusalém por sua morada.

— O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: “Um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!

— Se teus filhos conservarem minha Aliança e os preceitos que lhes dei a conhecer, os filhos deles igualmente hão de sentar-se eternamente sobre o trono que te dei!”

— Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: “Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”

— “De Davi farei brotar um forte Herdeiro, acenderei ao meu Ungido uma lâmpada. Cobrirei de confusão seus inimigos, mas sobre ele brilhará minha coroa!”

Evangelho (Mt 6,19-23)

 

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

 

— Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. (Mt 5,3)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 19 “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20 Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21 Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22 O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23 Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

O caminho de São Luiz Gonzaga para a Santidade

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Onde está o teu coração, aí estará também o seu tesouro.” (Mt 6,19-23)

Amados irmãos e irmãs, hoje comemoramos a memória de São Luiz Gonzaga. E este Evangelho se conecta muito bem com a vida deste santo, um jovem que morreu cedo porque queria sempre fazer a vontade de Deus. Algo importante que ele sempre se questionava era: “Isso pode me levar para a vida eterna?” Se não me leva para a eternidade, preciso tirar da minha vida. É o que o Evangelho nos fala: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o seu coração.”

São Luiz Gonzaga, desde cedo, impulsionado pela sua mãe, era chamado para a vida de fé e assim,  tudo que envolve uma caminhada pastoral dentro na Igreja. Porém, seu pai era o contrário, porque queria fazê-lo um cavaleiro da nobreza.

Entretanto, o coração de São Luiz Gonzaga estava propenso a fazer a vontade de Deus, e com isso decide ser padre. O pai, sabendo disso, tentou desencaminhá-lo, levando-o em festas mundanas, em lugares que pudessem oferecer prazeres a ele, para ver se o desviava da sua vocação.

São Luiz Gonzaga buscou o Tesouro Eterno

Por que estou trazendo o exemplo dele hoje? Porque o Evangelho fala que devemos juntar tesouros no céu e não aqui nessa terra. Porque muitos vão querer nos desencaminhar da vontade de Deus. Veja, era um pai que estava desencaminhando o filho da vontade de Deus, levando-o a lugares que o tiraria da presença do Senhor.

Contudo, onde está o tesouro, ali está o coração, e São Luiz Gonzaga pôde caminhar firmemente naquilo que era a vontade de Deus. Será que eu e você temos também essa disposição interior de questionar,  assim como ele: isso vai me levar para a vida eterna? Se tenho a coragem, renuncio e tiro do meu coração aquilo que não é da vontade de Deus.

Que São Luiz Gonzaga nos ajude a compreender, a juntar tesouros que nos levam para o céu. Como está o seu coração? Onde você tem colocado o seu coração? O que tem juntado? O que tem juntado te leva para o céu ou te distancia de Deus?

Que São Luiz Gonzaga possa interceder por cada um de nós para vivermos a vontade de Deus. E dentro da vontade do Senhor está este enunciado: onde está o teu tesouro, aí também estará o seu coração.

Que este grande santo nos ajude a viver com perseverança, confiança e firmeza a vontade de Deus, porque é para nós a melhor coisa.

 

Que Deus o abençoe e abençoe também o seu propósito de viver a santidade e a busca pelo Céu. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

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São Luís Gonzaga, padroeiro dos jovens

Origens e nobreza

São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione, Itália. Era o primogênito de Marta Tana di Sántena e de Ferrante Gonzaga. Pertencente à nobreza, recebeu, por parte de sua mãe, a formação cristã e, da parte de seu pai, a motivação a ser príncipe.

Sua família tinha muitas posses, mas, graças ao amor de Deus, Luís desde cedo deixou-se possuir por esse amor, nunca se deixando influenciar pelo luxo e o poder.

Consagração a Virgem Maria

Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação. E diante das zombarias e das incompreensões, ele dizia: “Busco a salvação! Busquem-na vocês também!”.

Jesuítas

Tinha 14 anos quando decidiu renunciar aos bens materiais e seguir os caminhos da fé. Entregando-se à caridade, ingressou no noviciado jesuíta. Após essa etapa, ele foi para Roma iniciar os estudos de Teologia. Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos.

Epidemia e páscoa

Neste período, uma grande epidemia de várias doenças se espalhava por Roma, deixando muitas vítimas. Compadecido com os doentes, com apenas 23 anos, Luís adoeceu e acabou falecendo, antes mesmo de tornar-se padre, no dia 21 de junho de 1591.

Padroeiro

Foi canonizado pelo Papa Bento XIII em 1726, sendo proclamado “Patrono da Juventude”. Depois, foi nomeado protetor dos estudantes. São João Paulo II o nomeou, em 1991, padroeiro dos pacientes de AIDS. Suas relíquias estão na Igreja Santo Inácio, em Roma, e é venerado no dia de sua morte.

A minha oração

“Senhor, ensinai-me a também gastar a minha juventude em amor a Ti e a todos que necessitarem. Quero, como São Luís Gonzaga, ser capaz de renunciar a todos os amores terrenos e a me dedicar com grande fervor ao Teu chamado para a minha vida. Amém!”

São Luís Gonzaga, rogai por nós!

Outros beatos e santos celebrados em 21 de junho:

São Meveno ou Mévio, actualmente na França, abade, que, tendo nascido no País de Gales, se recolheu numa floresta da Bretanha, onde fundou um mosteiro. († s. VI)

São Leufredo, no território de Evreux, na Nêustria, também na actual França, abade, que fundou o mosteiro de La Croix-Saint-Ouen, ao qual presidiu durante cerca de quarenta e oito anos. († 738)

São Rodolfo, na atual França, bispo, que, pela sua grande solicitude pela vida sacerdotal, compôs, em colaboração com os presbíteros da sua Igreja, uma colectânea de capítulos dos Santos Padres e sentenças de cânones para uso pastoral. († 866)

São Raimundo, em Huesca, cidade de Aragão, região da Espanha, que era cónego regular quando foi nomeado bispo de Roda e de Barbastro e, porque não quis vencer os inimigos do nome cristão pela força das armas, foi três vezes expulso da sua sede. († 1126)

Beato Tomás Corsíni, religioso da Ordem dos Servos de Maria, em Orvieto, na Toscana, região da Itália. (1343)

São João Rigby, mártir, em Londres, na Inglaterra, que, detido e condenado à morte por se ter reconciliado com a Igreja católica no reinado de Isabel I, foi suspenso da forca em Southwark e esquartejado ainda vivo. († 1600)

Beato Tiago Morelle Dupas, presbítero e mártir, num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, que, sempre severo consigo e amável com os outros, durante a Revolução Francesa foi condenado à prisão por exercer o ministério paroquial no território de Poitiers e morreu de fome e inanição. († 1794)

Beata Liberata Ferrarons i Vives, virgem da Ordem Terceira Carmelita. († 1842)

São José Isabel Flores, em Zapotlanejo, localidade do México, presbítero e mártir no tempo da grande perseguição. († 1927)

Fontes:

Martirológio Romano – liturgia.pt

jesuitasbrasil.org

Vaticannews

– Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

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Primeira Leitura (2Rs 2,1.6-14)

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Leitura do Segundo Livro dos Reis

 

1 Quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal. 6 Tendo chegado a Jericó, Elias disse a Eliseu: “Permanece aqui, porque o Senhor me mandou até ao Jordão”. E ele respondeu: “Pela vida do Senhor e pela tua eu não te deixarei”. E partiram os dois juntos.

7 Então, cinquenta dos filhos dos profetas os seguiram, e ficaram parados, à parte, a certa distância, enquanto eles dois chegaram à beira do Jordão. 8 Elias tomou então o seu manto, enrolou-o e bateu com ele nas águas, que se dividiram para os dois lados, de modo que ambos passaram a pé enxuto. 9 Depois que passaram, Elias disse a Eliseu: “Pede o que queres que eu te faça antes de ser arrebatado da tua presença”. Eliseu disse: “Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito”. 10 Elias respondeu: “Tu pedes uma coisa muito difícil. Se me vires quando me arrebatarem da tua presença, isso te será concedido; caso contrário, isso não te será dado”. 11 E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam, um carro de fogo e cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12 Eliseu o via e gritava: “Meu pai, meu pai, carro de Israel e seu condutor!” Depois, não o viu mais. E, tomando as vestes dele, rasgou-as em duas. 13 Em seguida, apanhou o manto que Elias tinha deixado cair e, voltando sobre seus passos, estacou à margem do Jordão. 14 Tomou então o manto de Elias e bateu com ele nas águas dizendo: “Onde está agora o Deus de Elias?” E bateu nas águas, que se dividiram, para os dois lados, e Eliseu atravessou o rio.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

Responsório Sl 30(31),20.21.24 (R. 25)

Responsório Sl 30(31),20.21.24 (R. 25)

— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, que reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

— Na proteção de vossa face os defendeis, bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.

— Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

Evangelho (Mt 6,1-6.16-18)

— Aleluia, Aleluia, Aleluia.

— Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará, e a ele nós viremos. (Jo 14,23)

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1 “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2 Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3 Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4 de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.

5 Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 6 Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16 Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo, eles já receberam a sua recompensa. 17 Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18 para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Todo cristão deve fazer o bem por Deus, e não por aplausos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que estais nos céus.” (Mt 6,1-6.16-18)

Hoje, dia 19 de junho, completo três anos de sacerdócio, e três anos, com toda humildade, querendo buscar o bem. Não querendo agradar aos homens. Não desejando os privilégios que o meu sacerdócio pode me dar. São três anos buscando ser uma pessoa justa e correta.

É preciso se perguntar, diante da verdade de Cristo e do seu Evangelho, quais as motivações que fazem com que eu continue fazendo o bem. Nesses três anos de ordenação sacerdotal, quero responder essa pergunta. Fazer o bem traz uma satisfação tão grande, porque, vivendo assim, eu estou deixando Cristo viver em mim.

Só é capaz de realizar o bem quem deixa Cristo viver dentro de si. Uma vez que não podemos dar de nós mesmos para as pessoas, nós temos que dar Jesus que está em nós para as pessoas. E isso é algo que traz satisfação ao meu coração de padre. Continuar vivendo na verdade, vivendo aquilo que o Evangelho nos pede: amar a todo momento.

A Palavra está nos dizendo: “Ficai atentos para não fazer as coisas para os homens verem”. Como padre, eu não faço as coisas para as pessoas verem. Desejo fazer como João Batista disse: “Que Ele cresça e eu diminua”. O meu sacerdócio está pautado nisso. E isso não é orgulho da minha parte, não. Estou dando um testemunho de quem deseja fazer a vontade de Deus, de quem quer ser totalmente d’Ele. Eu, Padre Ricardo, quero ser totalmente de Deus.

Não quero que nada roube o meu coração nem os aplausos das pessoas. Eu não quero. Não faço pregações, não faço homilias para que as pessoas possam me ver, para me aplaudir ou me elogiar. Não é isso, meu irmão, minha irmã.

Desejo viver aquilo que é justo diante de Deus porque é Ele quem me dará a recompensa. Aqueles que querem ser aplaudidos pelas pessoas neste mundo já receberão a sua recompensa aqui, porém perderão a vida eterna. Perderão a possibilidade de estarem unidos a Deus. O Senhor está falando a nós através do seu filho Jesus: “Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que estais nos céus”.

O verdadeiro motivo para fazer o bem

Quero, agora, voltar à pergunta: diante da verdade de Cristo e do seu Evangelho, quais as motivações que me fazem permanecer no bem? Porque se você não tiver motivação nenhuma se perderá. Eu, padre Ricardo, me perderei. Não deixe que as seduções deste mundo roubem do seu coração o grande desejo de fazer a vontade de Deus, pois ela nos leva ao céu. A minha vontade me leva para a perdição eterna.

Tomara que você não procure fazer a sua vontade nem queira se aparecer diante dos homens, das pessoas. Faça, no escondimento do seu coração, para que apenas Deus olhe para você e não os homens. Muitas pessoas se perdem por conta disso. Vão até um certo ponto, recebem muitas coisas, mas chega uma hora que a decadência é grande. O tombo vai ser grande.

Por isso, meu irmão e minha irmã, preocupe-se em Deus olhar para você. Termino com uma frase de Santa Teresinha do Menino Jesus: “Eu sou aquilo que Deus pensa de mim. Não o que os homens pensam de mim”. O que as pessoas pensam de mim não me interessa. Desculpe-me a franqueza com você, mas devo me preocupar com o que Deus pensa de mim, porque é Ele quem me dará a vida eterna.

Que Deus nos ajude e que nós sejamos perseverantes em fazer o bem e buscar a vontade de Deus.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

 

Padre Ricardo Rodolfo

Padre Ricardo Rodolfo é brasileiro, nascido em 15 de junho 1982. Natural de São José dos Campos (SP), é membro da Associação Internacional Privada de Fiéis – Comunidade Canção Nova desde 2009 no modo de compromisso do Núcleo.

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São Romualdo, um viajante incansável

O monge Romualdo foi um viajante incansável. Suas pregações eram feitas mais com os fatos do que com as palavras, ao percorrer toda a península italiana. Ele manteve muitos encontros na sua vida: todos o procuravam e queriam conversar com este “santo abade” e ele recebia todos, embora ele quisesse apenas o recolhimento no silêncio da oração.

Formação e vocação

Romualdo nasceu em uma família nobre de Ravena, em 952. Após uma disputa sangrenta, que envolveu sua família, amadureceu a sua vocação de seguir a vida monacal, entrando, com seu pai, para o mosteiro de Santo Apolinário em Classe. Como monge, impôs-se uma vida severa de penitência, meditação e oração. Devido às suas nobres origens, Romualdo era requisitado em todos os lugares para exercer suas funções eclesiásticas e políticas. Em Veneza, escolheu com diretor espiritual o eremita Marino e conheceu um dos mais importantes monges reformadores do século X: o abade Guarino, que acompanhou até Catalunha, onde permaneceu por dez anos e completou a sua formação.

Amigo da solidão

Ele descobriu que a solidão não o afastava dos irmãos, da vida da igreja e dos pobres, mas, pelo contrário, o enraizava numa comunhão e solidariedade mais profunda com eles. Ao retornar a Ravena, em 988, Romualdo renunciou, oficialmente, ao cargo de abade  e começou a viajar. Sua primeira etapa foi Verghereto, perto de Forlí, onde fundou um mosteiro em honra de São Miguel Arcanjo. Ali, por causa das suas contínuas advertências aos monges, sobre a disciplina e a moral, foi obrigado a se mudar novamente. Em 1001, retornou para Santo Apolinário em Classe, onde se tornou abade. Mas esta não é a vida que ele queria. Então, após um ano, renunciou e se refugiou em Montecassino. Ali, viveu, por um período, em uma caverna; depois, fundou um eremitério em Sítria, na região da Úmbria, onde permaneceu por sete anos. Todos os mosteiros e cenóbios que fundou eram pequenos, porque achava que nas grandes estruturas se corria o risco de perder o silêncio, tão necessário para o recolhimento.

Herança aos camaldulenses

Seguindo o ensinamento da Regra de São Bento, faz do amor ao Senhor e entre os irmãos, a sua regra suprema de vida. Solidariza-se com as dificuldades da vida da Igreja e da vida monástica do seu tempo e abraça os desafios pela sua renovação. Os discípulos chamaram este seu ensinamento de “relacionar-se segundo a lei suprema do amor fraterno” (privilégium amoris). Com seu exemplo, mais que com seu ensino verbal, deixa a seus discípulos uma herança que se manifestará muito fecunda e ao mesmo tempo portadora de tensões. Dá-se uma tríplice oportunidade para realizar a vocação monástica, uma em comunhão e complementariedade com outra: a vida fraterna no mosteiro, útil, sobretudo para iniciar a vida monástica; a vida na solidão do eremitério que pressupõe certa maturidade humana e espiritual; a dedicação a testemunhar o evangelho até o dom da vida, por aqueles que o Espírito impele a abandonar tudo para se unir totalmente com Cristo (triplex bonum).

Peregrino nesta terra

Durante suas peregrinações, Romualdo esteve em Casentino, em 1012, onde conheceu o conde de Arezzo, Maldolo, proprietário de uma casa e de uma floresta, lugar que, depois, recebeu o nome de Camáldoli. Encantado pela figura deste anacoreta, o conde presenteou-lhe as suas propriedades, onde Romualdo criou um asilo e construiu um eremitério para religiosos contemplativos, aos quais lhes deu uma Regra semelhante à beneditina. Porém, o monge se transferiu de novo: foi para a região das Marcas, onde fundou um mosteiro em Val de Castro; ali reservou para si uma pequena cela, onde faleceu em 19 de junho de 1027. Mesmo morto, viajou, pois suas relíquias foram trasladadas, primeiro para Jesi e, depois, para Fabriano, junto à igreja camáldula de São Brás. São Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1595.

Testemunhas

Sobre São Romualdo temos duas preciosas testemunhas. São Bruno Bonifácio (†1009), narra sua experiência pessoal de Romualdo na “Vida dos cinco Irmãos”. São Pedro Damião (†1072) descreve seu caminho interior e sua aventura humana na “Vida de São Romualdo”.

A minha oração

“Ó santo abade, que nossa vida esteja escondida em Jesus e n’Ele possamos encontrar sentido perene. Mesmo na solidão ou desavença, viver o amor dedicado a Jesus onde ele nos indicar.”

São Romualdo , rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 19 de Junho:

Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, também região da Itália, a comemoração dos santos Gervásio e Protásio, mártires. († trasl. 386)

Nos montes Vosgos, na Borgonha da Austrásia, atualmente na França, São Deusdado, bispo de Nevers. († c. 679)

No mosteiro de Fécamp, na Nêustria, também na atual França, Santa Quildomarca, abadessa. († c. 682)

Em Saragoça, na Hispânia, São Lamberto, mártir. († c. s. VIII)

Em Caltagirona, na Sicília, região da Itália, a trasladação do Beato Gerlando, cavaleiro da Ordem de São João de Jerusalém. († c. 1271)

Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, Santa Juliana Falconiéri, virgem, que fundou a Ordem Terceira dos Servos de Maria. († c. 1341)

Em Pêsaro, no Piceno, hoje nas Marcas, também na região da Itália, a Beata Miquelina, viúva, que tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. († 1356)

Em Londres, na Inglaterra, os beatos mártires Sebastião Newdigate, Hunfredo Middlemore e Guilherme Exmew, presbíteros da Cartuxa, consumados no martírio. († 1535)

Também em Londres, o Beato Tomás Woodhouse, presbítero da Companhia de Jesus, mártir. († 1573)

Em Wuyi, localidade próxima da cidade de Shenxian, no Hebei, província da China, os santos Remígio Isoré e Modesto Andlauer, presbíteros da Companhia de Jesus e mártires († 1900)

Em Roma, a Beata Helena Aiello, religiosa mística e fundadora da Congregação das Religiosas Mínimas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. († 1961)

Fontes:

vatican.va e vaticannews.va

Martirológio Romano – liturgia.pt

Liturgia das Horas

Livro “Relação dos Santos e Beatos da Igreja” – Prof Felipe Aquino [Cléofas 2007]

https://camaldolenses.com.br/sao-romualdo

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Catarina Xavier – Comunidade Canção Nova

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